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Brasil e Japão firmam acordos e plano de ação para ampliar parcerias

Brasil e Japão assinaram, nesta quarta-feira (26), em Tóquio, dez acordos de cooperação em áreas como comércio, indústria e meio ambiente, além de 80 instrumentos entre......

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Por CGN

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Brasil e Japão assinaram, nesta quarta-feira (26), em Tóquio, dez acordos de cooperação em áreas como comércio, indústria e meio ambiente, além de 80 instrumentos entre entidades subnacionais como empresas, bancos, universidades e institutos de pesquisas. Os dois países também anunciaram um plano de ação para revitalizar a Parceria Estratégica Global, um nível mais elevado nas relações diplomáticas estabelecidas desde 2014.

Segundo ele, serão realizados encontros periódicos entre equipes governamentais, a cada dois anos. “Isso reflete o grau de ambição do relacionamento Brasil-Japão”, afirmou.

O primeiro-ministro Ishiba concordou que a promoção de intercâmbio pessoal é uma das bases da cooperação bilateral.

Além do plano de ação de parceria estratégica, os dois países assinaram atos sobre iniciativa para combustíveis sustentáveis e mobilidade, de integração industrial, na área de ciência, tecnologia e inovação, recuperação de terras degradadas, meio ambiente, educação, em tecnologia da informação e comunicação e inclusão digital, em redução de riscos de desastres relacionados à água e na área de saúde.

Nesta terça-feira (25), em reunião com empresários, Lula também falou sobre a intenção do Brasil de elevar a mistura de etanol na gasolina de 27% para 30% e da adição de biodiesel no diesel fóssil. “A descarbonização é um caminho sem volta e é perfeitamente compatível com o objetivo de segurança energética”, reafirmou o presidente.

“Japão e Brasil seguirão trabalhando juntos em medidas de mitigação e adaptação à mudança do clima, combate ao desmatamento e prevenção de desastres naturais”, disse, cobrando que os países apresentem “metas ambiciosas” de redução de emissão de gases de efeitos estufa na próxima Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que será realizada em novembro, em Belém, no Pará.

Mercosul

No próximo semestre, o Brasil assume a presidência do Mercosul e a expectativa de Lula é negociar um acordo comercial do Japão com o bloco sul-americano. O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, ratificou o “forte desejo” de elevar as relações econômicas com o Mercosul a patamares ainda maiores.

O comércio entre Brasil e Japão também pode ser aumentado, concordaram os mandatários. Antes da reunião oficial, os dois participaram de um fórum com empresários, o que, segundo Lula, “ampliou os horizontes para cooperação com o setor privado”.

Em 2011, o fluxo da balança comercial entre os dois países chegou a US$ 17 bilhões e, em 2024, caiu para US$ 11 bilhões. O Japão é o segundo maior parceiro do Brasil na Ásia, atrás apenas da China, e o 11º maior parceiro comercial do Brasil no mundo. É a nona origem de investimentos estrangeiros no Brasil, com cerca de US$ 35 bilhões de estoque de investimento em 2023.

Lula participou de reunião bilateral com o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba. 

Foto:  Ricardo Stuckert

Ishiba lembrou que o montante de investimentos diretos de empresas japonesas no Brasil, a partir de 2024, soma R$ 45 bilhões. “Isso é prova da expectativa do fortalecimento das relações econômicas”, avaliou.

Além disso, o Brasil hospeda a maior comunidade nikkei fora do Japão, com cerca de dois milhões de pessoas, enquanto o Japão abriga a quinta maior comunidade brasileira no exterior – perto de 200 mil pessoas.

Extremismo

“O primeiro-ministro e eu concordamos que a sustentabilidade, a paz e a democracia são essenciais para o futuro do planeta. O extremismo, o discurso de ódio e as notícias falsas solapam instituições e fomentam a intolerância”, disse Lula ao lado do primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba.

Durante o encontro, os dois líderes conversaram sobre as crises e guerras em curso no mundo, como na Ucrânia e no Oriente Médio. Lula e Ishiba defenderam o fortalecimento do multilateralismo e a união de esforços em defesa de interesses comuns.

“Na Ucrânia, sempre defendi que todas as partes interessadas participem das negociações em prol de uma paz duradoura. Por isso, o Brasil e outros países emergentes criaram um grupo de paz. A situação no Oriente Médio exige respostas urgentes da comunidade internacional. A recente violação do cessar-fogo em Gaza soma-se a uma sequência de afrontas ao direito humanitário”, frisou Lula.

 “Nós entendemos que o mundo atravessa uma situação política difícil, uma situação econômica complicada e muita insensibilidade na relação política entre os Estados”, alertou o presidente, citando que a Europa, antes um lugar em que se vivia com tranquilidade, hoje se prepara para comprar armas para investimento em seu armamento em razão da guerra na Ucrânia.

Lula ainda lamentou a morte do cidadão brasileiro Walid Khalid Abdalla Ahmad, de 17 anos, na prisão israelense de Megido. O adolescente, residente da Cisjordânia, no Estado da Palestina, foi detido em 30 de setembro de 2024 na Palestina ocupada, e levado por forças israelenses à prisão em Israel.

A comitiva brasileira em Tóquio é composta pelo presidente, a primeira-dama Janja Lula da Silva, ministros, parlamentares, empresários e sindicalistas. A visita começou nessa terça-feira (25) e prossegue até quinta-feira (27), quando o presidente parte para Hanói, no Vietnã, para a segunda parte da viagem à Ásia.

Fonte: Agência Brasil

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