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Defesa afirma que Policiais Civis presos em Cascavel estavam investigando roubo de carga
O caso teve início após uma denúncia feita ao 190, relatando um suposto roubo com reféns em uma residência na Rua Visconde do Rio Branco. Quando...
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Publicado em
Por Diego Cavalcante
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Os policiais civis detidos em Cascavel na madrugada desta quinta-feira (30) aguardam a decisão da Justiça sobre um possível pedido de liberdade. Segundo o advogado Verli José de Farias, responsável pela defesa dos agentes, os detidos não foram presos pelo crime de roubo, conforme inicialmente noticiado.
O caso teve início após uma denúncia feita ao 190, relatando um suposto roubo com reféns em uma residência na Rua Visconde do Rio Branco. Quando os policiais militares chegaram ao local, encontraram dois policiais civis e um terceiro indivíduo, sendo um dos policiais aposentado e outro na ativa. De acordo com a defesa, os agentes estavam investigando um roubo de carga ocorrido na cidade de Prudentópolis.
O morador da residência contou aos policiais militares que foi abordado pelos suspeitos enquanto estacionava o carro na garagem. Segundo ele, os criminosos, que se identificaram falsamente como policiais, fizeram ameaças e exigiram informações sobre uma carga de celulares e cigarros avaliada em mais de dois milhões de reais, que ele supostamente teria roubado.
A esposa do morador relatou que, ao presenciar a abordagem, correu para o quarto e se trancou, temendo pela própria segurança e pela do marido. Ela também afirmou desconhecer qualquer informação sobre a carga mencionada pelos suspeitos.
Durante a ação, a polícia percebeu que um veículo Volkswagen Up vermelho, estacionado nas proximidades, tentou fugir em alta velocidade. O carro foi identificado como pertencente a um funcionário de um terceiro envolvido, que, segundo ele, teria deixado o local por medo da chegada dos policiais.
“Os policiais se identificaram no momento da abordagem, mas foram encaminhados à delegacia devido à denúncia feita pelos moradores da residência”, afirmou Farias. No local, o delegado de plantão os autuou pelos crimes de abuso de autoridade, invasão de propriedade e usurpação de função pública. O advogado destaca que um dos envolvidos não integra a segurança pública, mas que os dois policiais civis de Foz do Iguaçu estão à disposição da Justiça aguardando a decisão judicial sobre suas condições de liberdade.
Apesar da defesa confirmar que um dos acusado é policial civil, e outro policial civil aposentado, não explicou o que o policial aposentado estaria fazendo na suposta investigação ao roubo de carga. Já o terceiro indivíduo detido que se passou por policial, não teria envolvimento com segurança pública. Ele também foi acusado de porte ilegal de arma de fogo.
O processo tramitará na Justiça Estadual, mas também haverá um procedimento administrativo disciplinar na Corregedoria da Polícia Civil, que pode resultar em penalidades adicionais. “A defesa aguarda a análise do juiz plantonista para definir se os policiais responderão ao processo em liberdade”, concluiu o advogado.
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