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Imagem referente a Estado promove encontro com municípios sobre a Rota Turística Caminhos do Peabiru
Caminhos do PeabiruFoto: Roberto Dziura Jr/AEN

Estado promove encontro com municípios sobre a Rota Turística Caminhos do Peabiru

Hoje, no Estado, somente uma parte dos Caminhos do Peabiru já pode ser percorrida por turistas. Ela fica no Oeste do Paraná, no entorno do Parque......

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Por CGN

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Caminhos do PeabiruFoto: Roberto Dziura Jr/AEN

O Governo do Estado, por meio das Secretarias de Estado do Turismo (Setu-PR) e do Planejamento (SEPL), promove em 30 de janeiro um evento para apresentação do programa estadual que fomenta o turismo nos Caminhos do Peabiru. O encontro é voltado aos municípios e profissionais regionais interessados em aderir à iniciativa. A adesão pode resultar em mais de 80 municípios interligados e aptos à atividade turística envolvendo o trecho paranaense da rota.

Hoje, no Estado, somente uma parte dos Caminhos do Peabiru já pode ser percorrida por turistas. Ela fica no Oeste do Paraná, no entorno do Parque Nacional do Iguaçu – inicia em Santa Tereza do Oeste e percorre os municípios de Céu Azul, Matelândia, Serranópolis do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu e Foz do Iguaçu.

Com a implantação efetiva, o Estado poderá ter mais de 80 municípios interligados e aptos à atividade turística. Outro objetivo da Rota Turística Caminhos do Peabiru é resgatar e preservar na memória de toda a população os acontecimentos relacionados ao caminho, mostrando como ele ajudou na formação e desenvolvimento do Estado.

Márcio Nunes, secretário do Turismo do Paraná, comenta que a rota tem potencial para ser um grande atrativo turístico, com renome nacional e internacional. “A Rota Transcontinental Caminhos de Peabiru já é considerada por lei um Patrimônio de Natureza Cultural Imaterial Paranaense. O caminho conta com todos os aspectos necessários para se consolidar como uma rota turística atrativa, captando viajantes do Brasil e de outros países, que buscam conhecer esse caminho que mescla ecoturismo e história”, afirma.

“Nosso foco é desenvolver o turismo, movimentando o setor e tirando do papel iniciativas como esta de maneira organizada, preservando o passado, mas com um olhar voltado para o futuro”, completou o secretário.

No encontro também deve ser apresentado um manual operacional, para que os municípios ou Instâncias de Governança Regionais (IGRs) – instituições responsáveis por fomentar o turismo em suas áreas de abrangência – possam aderir ao programa e fazer parte da maior trilha de longo curso do Estado. A reunião será online, por meio da plataforma Zoom. As inscrições podem ser feitas AQUI.

“A rota Caminhos do Peabiru pode ser um grande projeto de desenvolvimento turístico e econômico e vai possibilitar receber recursos para sinalizar e criar infraestrutura. Além disso, vai permitir que o cidadão e o turista possam conhecer a nossa história, esse caminho transoceânico que conectava nossos indígenas do Paraná aos Incas do Peru”, destacou o secretário estadual do Planejamento, Guto Silva. “Que essa história possa ser contada às futuras gerações”.

“Essa trilha vai ser um ativo importante para que possamos construir ações turísticas, que gerem emprego e renda para a população”, acrescentou Silva.

ROTA TURÍSTICA – A instituição da rota turística aconteceu em novembro do ano passado, quando o governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou o Decreto 8.025/2024, estabelecendo a Programa Rota Turística Caminhos do Peabiru.

Com o decreto, ficou definido que a Secretaria do Turismo (Setu-PR) coordene a execução do programa, com foco em viabilizar a iniciativa e promover a integração junto aos municípios paranaenses, Instâncias de Governança Regionais (IGRs), comunidades e outros representantes.

Entre os objetivos específicos do Programa Rota Turística Caminhos do Peabiru estão: estabelecer uma rede integrada de municípios para fortalecer o turismo, consolidando as trilhas de longo curso; fomentar o turismo nas comunidades, promovendo o desenvolvimento sustentável, criando oportunidades de trabalho e renda; e melhorar a conexão entre áreas naturais protegidas e os corredores ecológicos na conservação da biodiversidade.

A coordenadora de Gestão e Sustentabilidade da Secretaria do Turismo, Anna Vargas, comenta que é importante realizar esta convocação dos municípios, porque eles têm um prazo para receber assessoria técnica e auxílio do órgão para desenvolvimento da rota.

“Nesta reunião, vamos apresentar os objetivos do programa, como o fomento ao turismo responsável e sustentável, e vamos explicar como os 84 municípios que fazem parte da rota podem aderir, recebendo assessorias técnicas para implementação de diversas necessidades operacionais da rota. Essa é uma etapa de sensibilização dos municípios, porque vão receber esse suporte apenas aqueles que aderirem ao programa até 17 de março”, disse.

Ela explicou que o Estado vai proporcionar todo o suporte e assessoria técnica para que os locais desenvolvam e definam o traçado do caminho, conectando com a oferta turística já existente em seus limites geográficos. “Tudo depende do envolvimento dos municípios, porque após a data limite eles ainda podem aderir à iniciativa, mas terão que desenvolver sozinhos as questões inerentes ao programa”, ressaltou.

PEABIRU – O caminho ancestral ligava os oceanos Atlântico e Pacífico, atravessando o Paraná, de Foz do Iguaçu e Guaíra a Paranaguá, e tinha conexões em outros estados e países até chegar ao Peru. A rota foi usada por diversos povos indígenas, como os Guarani, Kaingang, Xetá e, depois, por exploradores europeus, jesuítas e incas.

Os caminhos serviam tanto à comunicação e comércio entre aldeias quanto para fins religiosos, visto que para algumas dessas culturas a rota representaria o traçado do percurso do Sol na Terra, seguindo a orientação da Via Láctea.

O trecho no Brasil tem aproximadamente 1,5 mil quilômetros de extensão. A trilha completa possuía cerca de 4 mil quilômetros de extensão e passava também pelos estados de São Paulo e Santa Catarina, estendendo-se até Bolívia e Peru.

Na década de 1970, pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) identificaram cerca de 30 quilômetros remanescentes da trilha no Estado, onde foram localizados sítios arqueológicos com vestígios das habitações utilizadas por indígenas que transitavam na região, incluindo os povos Guarani, Kaingang e Xetá.

Fonte: AEN

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