MON encerra o ano com recorde de público, novas exposições e entrega de benfeitorias
No início do ano, o projeto “MON sem Paredes – Artistas Conquistam os Jardins do MON” inaugurou uma nova edição. Na área externa o visitante ganhou......
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Por CGN
Antes mesmo de 2024 encerrar, o Museu Oscar Niemeyer já ultrapassou o público registrado no ano passado, que foi de 503 mil pessoas. Nos últimos três anos, o MON tem superado o seu próprio recorde de visitantes. Entre os destaques deste ano, além de 13 exposições, o Museu entregou importantes obras de infraestrutura e conquistou diversos prêmios, nacionais e internacionais.
No início do ano, o projeto “MON sem Paredes – Artistas Conquistam os Jardins do MON” inaugurou uma nova edição. Na área externa o visitante ganhou um parque de esculturas interativas, com obras de artistas como Artur Lescher, Rômmulo Conceição, Alexandre Vogler, Narcélio Grud e Joana Vasconcelos. O local abriga diversas instalações permanentes e temporárias, num calendário de convites frequentes feitos pelo Museu.
“Cada vez mais democrático e inclusivo, com o ‘MON sem Paredes’ o Museu rompeu o limite físico de suas paredes e abraçou a população, tornando-se acessível a todos”, diz a diretora-presidente Juliana Vosnika. “A iniciativa é um convite para que o público externo perceba a arte, inspire-se e sinta-se instigado a entrar”.
Muitas outras exposições inéditas foram realizadas em 2024, como as três entregues em novembro, nas comemorações de 22 anos do Museu. Foram elas: “O Olho da Noite”, de Jean-Michel Othoniel, “Afinidades III – Cochicho, Luiz Zerbini” – ambas com curadoria de Marc Pottier – e “Convivendo em Harmonia com a Impermanência”, com curadoria de Géraldine Lenain.
“O Olho da Noite” conta com obras do artista francês Jean-Michel Othoniel, que transformou a sala expositiva do Olho numa espécie de grande planetário, com os signos do zodíaco flutuando em forma de 12 esculturas em vidro soprado. No chão, tijolos de vidros azuis refletem a constelação e a arquitetura do prédio, numa combinação surpreendente. No total, a mostra apresenta 25 obras em grandes dimensões, que se espalham por outros espaços do Museu.
A exposição “Afinidades III – Cochicho” é a terceira edição de uma promoção do MON, que teve início em 2021. Desta vez, o artista contemporâneo Luiz Zerbini selecionou obras de cinco importantes nomes da arte paranaense que estão presentes no acervo do MON: Guido Viaro, Miguel Bakun, Bruno Lechowski, Guilherme William Michaud e Theodoro de Bona. Em comum, ou por afinidade, assim como as suas obras apresentadas, todos os trabalhos escolhidos têm como tema a natureza.
Também no aniversário do MON, foi inaugurada “Convivendo em Harmonia com a Impermanência”, a nova edição da exposição “Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses”, em cartaz na Sala 5. Entre outras novidades, estão experiências imersivas em tempo real, biblioteca de vídeos interativos, videoinstalação e um “Museu Virtual”, com 16 obras de 12 artistas asiáticos.
Além destas, outras exposições realizadas pelo MON neste ano foram: “Antes e agora, longe e aqui dentro”; “35ª Bienal de SP – coreografias do impossível”; “MON sem Paredes”; “Trilhos e Traços – Poty 100 anos”; “Elizabeth Jobim – O Tempo das Pedras”; “O Jardim – Efrain Almeida”; “German Lorca, Mestre da Fotografia”; “Domício Pedroso, A tessitura urbana como poesia”; “Alex Flemming 70 Anos” e “Afeganistão: tapetes de paz e guerra”.
BENFEITORIAS MON – Recentemente, o MON entregou ao seu público diversas obras de infraestrutura, como novos guarda-volumes, iluminação da área externa e bilheteria. O objetivo é a modernização e manutenção geral do edifício e dependências. As reformas melhoram a acessibilidade e oferecem um ambiente cada vez mais confortável, seguro e funcional aos seus milhares de visitantes.
“Entendemos que a Cultura é uma poderosa ferramenta de cidadania e de pertencimento. Por isso temos o compromisso de oferecer sempre o melhor ao nosso público que, felizmente, se torna cada vez maior e mais diversificado”, explica Juliana Vosnika.
“Temos tido uma excelente resposta do público às exposições apresentadas e a uma série de atividades educativas oferecidas pela instituição”, comenta. As obras na infraestrutura fazem parte do conjunto de ações que visam garantir a melhor experiência possível aos visitantes do MON.
Juliana afirma que as benfeitorias estão divididas em três eixos principais: 1) infraestrutura, “que visa melhorar a experiência da visita ao museu”; 2) gestão e 3) segurança e gestão de dados, via um sistema novo que utiliza Inteligência Artificial. “A partir de dados mais apurados, poderemos oferecer um serviço cada vez melhor ao nosso público”, explica.
Na etapa da infraestrutura, estão inclusos itens como: novos guarda-volumes e detector de metais; aperfeiçoamento da iluminação externa do museu e reformas no MON Café, MON Loja e bilheteria. No eixo “melhoria de gestão” estão a implantação de um sistema de pesquisa com os visitantes e qualificações físicas na reserva técnica, como aquisição de novos equipamentos (trainéis deslizantes) para melhor acomodar a coleção permanente do Museu, além da implantação de QR Codes para identificar as obras.
Já na área de segurança e gestão de dados, o MON recebeu uma ampla modernização de seu sistema, com o objetivo de aprimorar a proteção do acervo, bem como a de visitantes e colaboradores.
MON PARA TODOS – PESSOAS AUTISTAS – Reconhecido nacional e internacionalmente, o programa MON para Todos – Pessoas Autistas foi um dos destaques de 2024, com premiações e menções em diversos eventos do setor. Em abril, foi apresentado no Communicating The Arts (CTA), em Paris, na França, maior e mais importante conferência sobre museus e arte no mundo.
O tema do estudo de caso apresentado pelo Museu no CTA foi “Acolhendo a Comunidade Autista: inclusão dos públicos no processo de tomada de decisão”. A palestra abrangeu as estratégias de inclusão adotadas para aprimorar a acessibilidade no Museu, não só nos espaços, mas também no preparo das equipes que trabalham no MON, a fim de atender às necessidades das pessoas autistas.
Na última semana de novembro, o Museu Oscar Niemeyer participou de dois importantes eventos: o 11º Encontro Ibero-Americano de Museus, em Lima, no Peru, e o 8º Fórum Nacional de Museus, em Fortaleza (CE). Em ambos, o MON expôs programas recentes nas áreas de inclusão.
O programa foi apresentado no Museo Nacional del Perú – MUNA, durante o 11º Encontro Ibero-Americano de Museus: “Aprendizagens, afetos e memórias, o grande evento da cooperação ibero-americana para a congregação de museus de toda a região”.
“MON para Todos – Pessoas Autistas: acolhendo a comunidade neurodivergente no Museu” também foi apresentado dentro do 8º Fórum Nacional de Museus, em Fortaleza (CE), no XIV Encontro Regional do Comitê de Educação e Ação Cultural para a América Latina e o Caribe (CECA LAC).
Na programação principal do 8º Fórum Nacional de Museus, organizado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), o MON foi selecionado para apresentar dois trabalhos. Foram eles: o programa “Eu Participo!”, destinado à participação de colaboradores, com o trabalho “Quem acende as luzes?” E o programa “MON para Todos – Pessoas Cegas”, com a experiência personalizada “Como fazer barulho no museu?”, para atendimento de pessoas cegas e de baixa visão na exposição “Trilhos e Traços”, de Poty Lazzarotto.
Neste mês de dezembro, o programa também figurou entre os destaques do Prêmio Viva Inclusão 2024, da Prefeitura de Curitiba.
SOBRE O MON – O Museu Oscar Niemeyer é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.
Fonte: AEN
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