Familiares e amigos de jovem que morreu após parto de natimorto realizam manifestação em frente ao HUOP
Jessica, de 29 anos, faleceu na última segunda-feira (14), um dia após perder o bebê durante um parto induzido no HUOP. A família afirma que houve...
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Por Diego Cavalcante
Na manhã deste domingo (20), familiares e amigos de Jessica Berto dos Santos realizaram uma manifestação silenciosa em frente a ala da maternidade do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), em Cascavel. A mobilização foi organizada em memória de Jessica e do bebê que nasceu morto durante o parto, além de cobrar respostas e justiça pelas circunstâncias que envolveram as mortes.
Jessica, de 29 anos, faleceu na última segunda-feira (14), um dia após perder o bebê durante um parto induzido no HUOP. A família afirma que houve negligência médica, uma vez que a gestante buscou atendimento no hospital com febre alta no sábado (12) e foi liberada sem internação. Na manhã seguinte, retornou ao hospital, onde permaneceu até o parto. Um exame realizado posteriormente apontou que a paciente havia contraído dengue.
Durante a manifestação, os participantes vestiram camisetas e seguraram cartazes em homenagem as vítimas e pediram esclarecimentos, reforçando o apelo por justiça. A avó do bebê, que desde o início denunciou um possível erro médico, esteve presente e se manteve bastante abalada durante toda a manifestação.
A CGN ouviu o irmão de Jessica, Rudhery Antunes dos Santos, que deu detalhes sobre o ocorrido:
“A gente pede por justiça e por respostas. Eles falaram que entraram em contato com a família, mas ninguém do HU entrou em contato. A minha irmã veio no sábado, pois estava com o parto marcado. Dentro do hospital, ela teve febre, foi medicada e ganhou alta no domingo. Em casa, não melhorou e voltou ao HU. Tentaram induzir o parto, e quando o nenê nasceu, ele já estava morto. Depois disso, ela reclamou de dores e estava com as pernas roxas. Ela foi levada para a sala de emergência somente perto da meia-noite. A médica falou que não tinha mais o que fazer, que ela sofreu duas paradas cardiorrespiratórias”.
As causas das mortes estão sendo investigadas e a análise do caso seguirá os trâmites internos e legais. A família, no entanto, afirma que continuará buscando explicações e não descarta tomar medidas legais contra a unidade hospitalar.
A comoção também se estendeu nas redes sociais, onde amigos e conhecidos prestaram homenagens a Jessica e o pequeno Carlos, que infelizmente nasceu sem vida. Jessica deixou o marido e dois filhos pequenos, de quatro e sete anos.
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