Editorial: Eleitores devem escolher com responsabilidade
Independente de quem seja seu candidato, a cidade, necessita de uma liderança comprometida com o futuro e com tempo para administrar os problemas reais da população. ...
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Por Redação CGN
Editorial CGN – À medida que Cascavel continua a expandir seu papel como um dos polos econômicos do Paraná, a escolha de um prefeito adequado nunca foi tão crucial. Esta cidade em rápido crescimento enfrenta desafios significativos que exigem uma liderança transparente, capaz de navegar por questões complexas de desenvolvimento urbano, infraestrutura e gestão de recursos públicos. A administração municipal que assumir o mandato precisará não apenas de visão estratégica, mas também de um comprometimento inabalável com a ética e a governança responsável.
Nesse cenário, a candidatura de Edgar Bueno merece uma avaliação, pois enfrenta desafios substanciais que não podem ser ignorados, mesmo que você seja um eleitor de Bueno. A recente manifestação da Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná (PRE/PR) pelo indeferimento de seu registro coloca em evidência questões graves de inelegibilidade, diretamente ligadas à rejeição das contas públicas do ex-prefeito. A análise de suas contas do exercício de 2016 aponta para irregularidades que violam a Lei de Responsabilidade Fiscal e, mais preocupante, uma má gestão dos recursos do FUNDEB.
A situação é alarmante, pois reflete uma conduta que, caso comprovada, não só fere os princípios da administração pública, mas também coloca em xeque a própria candidatura de Bueno. A Lei de Responsabilidade Fiscal existe para evitar que gestores públicos comprometam as finanças de suas cidades com decisões irresponsáveis ou eleitoreiras, e o FUNDEB, por sua vez, é um fundo crucial para a educação básica, um setor que não pode ser negligenciado.
Além disso, Edgar Bueno enfrenta uma ação civil de improbidade administrativa, acusação essa que se arrasta desde 2016, envolvendo a contratação da empresa Digital Design para a implementação do programa “Cascavel Digital”. O Ministério Público do Paraná alega que houve irregularidades na contratação, com contratos e aditivos que extrapolaram os limites da Lei de Licitações, possivelmente prejudicando os cofres públicos.
Diante de tudo isso, a questão que precisa ser levantada é: será que Cascavel merece um prefeito que, além de enfrentar problemas de inelegibilidade, ainda responde por ações na justiça? Independente de quem seja seu candidato, a cidade, que é um dos polos econômicos do Paraná, necessita de uma liderança comprometida com o futuro e com tempo para administrar os problemas reais da população. Eleições são momentos de escolha e responsabilidade, e é crucial que os eleitores reflitam sobre os impactos, positivos e negativos, que os candidatos podem causar na cidade.
Portanto, antes de mais nada, é preciso refletir.
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