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Vídeo: detido por vender comprimidos para aborto dá detalhes sobre o crime

Ele confirma que vendia e enviava encomendas, mas disse que não manuseou os comprimidos, que seriam repassados por outra pessoa......

Publicado em

Por Mariana Lioto

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Ocorreu na tarde de ontem (9) uma importante audiência no processo que apura a venda de comprimidos abortivos, que eram enviados pelos Correios de Cascavel. Detido há dois meses, Orlando Vascelai Junior, foi ouvido e deu detalhes sobre o crime.  

Ele confirmou que vendia e enviava comprimidos de misoprostol (cytotec) desde junho ou julho, mas que não era ele que embalava os medicamentos abortivos, que seriam repassados por uma outra pessoa.

Orlando falou que trazia produtos do Paraguai e, ao ir frequentemente aos Correios, teria sido abordado por um homem que ofereceu a oportunidade de ‘negócio’.

“Ele falou ‘eu vendo um produto abortivo’, eu falei ‘isso é um perigo’ mas ele disse que só atendia pessoa que estavam desesperadas, por serem vítimas de estupro” .

Ele diz que recebeu um celular dessa pessoa e passou a participar de grupos onde as vendas ocorriam. Ele ganhavam um valor pela venda e outro quando ele apenas postava as remessas. Os comprimidos eram colocados dentro de revistas de palavras cruzadas e seguiam para vários estados. 

Ele disse que nunca manipulou os comprimidos e que recebia os envelopes prontos, deste terceiro. O detido disse ter medo e não quis dizer quem seria esta pessoa.

“Eu sabia que era proibido, mas nunca imaginei que ia ser o tamanho do problema que me causou”.

Orlando chega se a emocionar ao dizer sobre o impacto da prisão na família dele, principalmente pelo fato de a mãe ser secretária anti-drogas.

Foram interceptadas 23 correspondências, com mais de 200 comprimidos. As câmeras dos Correios mostraram que as remessas foram feitas por Orlando usando outros nomes. Ele disse que deste total algumas foram vendidas por ele, outras só remetidas.

A audiência também discutiu imagens que estavam no aparelho celular que mostrariam fetos após o uso dos comprimidos. Ele diz que recebia estas imagens nos grupos e não eram sobre as vendas que ele realizou. Sobre a prescrição da quantidade de comprimidos necessários para o aborto de acordo com o ponto da gravidez, ele afirma que havia uma tabela que indicava a quantidade necessária.

A polícia apontou que era usado o apelido ‘Rei Cascavel’ e que havia diálogos onde Orlando aparentava ser líder da distribuição dos medicamentos ilícitos. Ele diz que o apelido vem do jogo de poker. Ele diz que se fosse o chefe do esquema não usaria a própria conta bancária para receber os valores do ilícitos e celular com código de área de Cascavel.

Promotoria

O Ministério Público não tem dúvida sobre o envolvimento do acusado e disse que mesmo que haja uma “chefia” de terceiro, o fato de ele colaborar já cabe condenação. Para o MP o argumento de que as mulheres seriam vítimas de estupro não altera a culpa, pois se de fato fossem mulheres vítimas de violência, elas deveriam buscar legalmente o procedimento para o aborto. O promotor pede a condenação por tráfico de drogas, com agravantes, entre eles o próprio fato de Orlando ser filho da secretária anti-drogas de Cascavel, o que o deixaria fora de suspeitas.

Com a audiência, o processo segue agora para realização de audiência. 

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