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Carta de assassino de mãe e filha: detalhes de um crime que chocou Cascavel

Halif Ferreira de Lima escreveu carta após matar Silvia Caroline França......

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Por Mariana Lioto

Uma carta escrita em cinco páginas de um caderno revela que Halif Ferreira de Lima, assassino confesso de Sílvia Caroline França, 25, e da filha dela, de nove meses, pretendia se suicidar após o crime, mas, por algum, motivo desistiu da ideia.  

A carta, que a CGN teve acesso, aparentemente foi escrita antes de a criança ser morta. “Eu tirei a vida da pessoa que eu amo. Me sinto um monstro…”, escreveu ele logo na primeira página. Antes, ele relata que os últimos dias da sua vida “estavam uma benção”, numa referência ao relacionamento entre ele e Silvia.

Depois de relatar que havia parado de fumar maconha, que amava o bebê e que e que estava feliz, Halif fala da briga que acabou em tragédia. “Hoje, numa discussão tosca, nos agredimos, e eu perdi a cabeça. Com certeza não vou aguentar o peso da minha atitude”, escreveu.

Halif conta que preparou mamadeira e fez o bebê dormir, ele volta a falar do crime, pede perdão, mas diz que aceita não ser perdoado. Halif afirma ainda que o dia havia começado perfeito, mas terminou em tragédia.

O rapaz declara que sua vida foi cheia de “tribulações” e usa uma linguagem de um mundo sobrenatural para falar sobre sua família. “Acabei com duas famílias num momento em que eu só queria um abraço. Não deixei semente minha na terra. Se existir maldição de família, a minha acaba aqui”, afirmou.

Na carta, Halif diz que não sabe se uma pessoa que tira a vida de outra merece morrer, mas relata que pretendia tirar a própria vida. “Vou tirar minha vida, droga! Não consigo acreditar que fiz isso. Sempre quis deixar uma marca no mundo, e não ter uma vida passageira”, diz o texto.

Na última página o remorso de Halif aumenta e ele resolve deixar um conselho sobre o tratamento que os homens devem ter com as mulheres.

“Fiz tudo errado, não me perdoo pelo que fiz. Espero que depois dessa cena horrível não batam em suas mulheres, não as maltratem se estiverem desconfiados ou inseguros”, afirmou. Depois, ele diz acreditar que não merecia mais viver por ter praticado o crime.

Por fim, ele encerra a carta dizendo que pretendia ingerir remédios que havia preparado supostamente para ter uma overdose fatal. “São quase duas da manhã, estou criando coragem para beber os remédios. Estou preocupado com a neném. Quando ela acordar seu pai e sua mãe estarão mortos. Quem ficar com ela cuide bem dela. Adeus!”

A CGN omitiu trechos da carta para não expor a intimidade da vítima e de familiares.

Halif está preso na cadeia pública de Toledo. Ele foi transferido por questões de segurança.

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