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Imagem referente a UFRJ vai buscar cotistas que abandonaram a faculdade, diz novo reitor
© Fernando Frazão/Agência Brasil

UFRJ vai buscar cotistas que abandonaram a faculdade, diz novo reitor

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) vai buscar de volta estudantes que abandonaram os estudos por causa de dificuldades financeiras durante a pandemia de......

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Por CGN

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Imagem referente a UFRJ vai buscar cotistas que abandonaram a faculdade, diz novo reitor
© Fernando Frazão/Agência Brasil

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) vai buscar de volta estudantes que abandonaram os estudos por causa de dificuldades financeiras durante a pandemia de covid-19, afirmou o novo reitor da instituição, Roberto Medronho, que assumiu oficialmente o cargo nesta sexta-feira (4) e elegeu a assistência aos estudantes como prioridade da gestão. 

Medronho disse que 12.754 alunos abandonaram a UFRJ entre o início da pandemia, em 2020, até hoje, dos quais 5 mil eram oriundos de programas de ações afirmativas (cotas sociais).  “É inaceitável ver o aluno que foi aprovado para uma das maiores e melhores universidades deste país ter que abandoná-la por questões socioeconômicas. Não podemos permitir isso”, disse o novo reitor, que pretende fazer parcerias com empresas privadas para conseguir mais bolsas de estudo para os alunos.  

Para ele, manter o aluno de ação afirmativa na universidade é uma forma de combater a desigualdade da sociedade brasileira. “Um aluno que entra para a universidade por ações afirmativas muda a vida dele, muda a vida da família dele e muda a vida da sociedade, da comunidade dele.”

Iniciativas

Entre as ações de assistência aos alunos, o novo reitor inclui investimentos em alimentação, com a abertura de restaurantes universitários, os chamados bandejões, e aumento no número de refeições. Outra iniciativa é ampliar a oferta de residência estudantil. Medronho disse que negocia com o governo federal o aproveitamento de imóveis não usados. “Vários prédios do governo federal estão fechados. Nós estamos querendo pegar essas edificações, fazer as reformas e transformar em residências estudantis”, adiantou, acrescentando que há conversas também com a prefeitura do Rio de Janeiro. 

Biografia

Professor titular da Faculdade de Medicina da UFRJ, Roberto Medronho tem 64 anos e é doutor e mestre em saúde pública pela Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz). Graduado em medicina pela UFRJ, fez residência em medicina preventiva e social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e em pediatria pelo Hospital Federal da Lagoa. Durante a pandemia, foi coordenador do Grupo de Trabalho Multidisciplinar para Enfrentamento da Covid-19 (GT-Coronavírus) da UFRJ. Medronho é membro da Academia Nacional de Medicina.

A vice-reitora, que também participou da transmissão de cargo, é Cássia Turci, professora titular do Instituto de Química. Ela é doutora em física e química pela UFRJ, com período sanduíche pela Universidade McMaster (Canadá), onde fez pós-doutorado. Mestre em química pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), tem três especializações, uma das quais na área de radiação pelo Centro Internacional de Física Teórica da Itália.

Maior universidade federal

Primeira instituição oficial de ensino superior do país, a UFRJ está em atividade desde 1792, em razão da existência da Escola Politécnica. Organizada como universidade em 1920, a UFRJ tem atualmente presença registrada nas 15 melhores posições dos mais diversos rankings acadêmicos na América Latina, com o melhor curso de engenharia naval e oceânica das Américas. 

A instituição oferece 175 cursos de graduação, 315 de especialização, 224 programas de pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado) e mais de 1,5 mil projetos de extensão. Maior universidade federal do Brasil, a UFRJ tem cerca de 65 mil estudantes, sendo 15 mil de pós-graduação. Todos os anos, formam-se 5 mil alunos de graduação. A universidade tem 4,1 mil professores, e nove em cada dez têm doutorado. O campus principal, a Cidade Universitária, é praticamente do tamanho de um bairro. Por ali, circulam  diariamente cerca de 100 mil pessoas. 

Segundo Roberto Medronho, é dever da UFRJ fazer com que “cada centavo investido na universidade retome em escala exponencial para a sociedade”. Ele citou o Complexo da Maré como um dos locais para expandir projetos de expansão. O conjunto de favelas tem cerca de 140 mil moradores e fica próximo à Cidade Universitária.  

Fonte: Agência Brasil

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