É Tetra! Deputado Estadual Professor Lemos lidera gastos com cargos comissionados pelo quarto mês consecutivo

No mundo do futebol, o famoso bordão “É Tetra!” entoado por Galvão Bueno após a conquista do campeonato mundial da seleção brasileira em 1994, continua ecoando. Porém, agora, de forma inesperada, a exclamação se aplica a um novo cenário: a política. O deputado estadual Professor Lemos (PT) conquista, pela quarta vez consecutiva, o indesejado título de campeão em gastos com cargos comissionados.

De acordo com o portal da transparência da Assembleia Legislativa do Paraná, Lemos gastou no mês de maio a considerável soma de R$ 155.386,63 com tais despesas, um aumento de mais de R$ 12 mil em relação ao mês anterior. O detalhe que intensifica a polêmica: o número de empregados em seu gabinete reduziu de 23 em abril para 22 em maio, mesmo assim, o valor despendido subiu.

• 13/06/2023 – Com aumento constante de gastos, Prof. Lemos já pode entregar a playlist e “pedir música”

Embora o uso de cargos comissionados seja uma prática legal e comum no universo político, facilitando aos parlamentares a formação de equipes de trabalho com profissionais de sua confiança, o sistemático crescimento de despesas com esses cargos tem gerado questionamentos.

A CGN noticiou no mês passado que desde fevereiro, os gastos de Lemos com cargos comissionados têm apresentado um ritmo de crescimento contínuo. Nesse período, o deputado parece indiferente à opinião pública, demonstrando pouco zelo com o uso do dinheiro público.

Os dados levantados pela CGN e divulgados no portal da transparência são irrefutáveis. O ‘Tetra’ do deputado Professor Lemos não é celebrado com festa e alegria, mas com preocupação e questionamento.

A pergunta que se impõe é: até que ponto a necessidade de contar com profissionais de confiança justifica os crescentes gastos com cargos comissionados? Em meio à realidade econômica do país, é fundamental que os gestores públicos tenham consciência do impacto de suas escolhas e busquem aliar competência e confiança à economicidade no uso dos recursos públicos.

A sociedade espera que a expressão “É Tetra!” retorne ao seu contexto original, o esporte, e deixe de ser utilizado para recorde de gastos de recursos públicos. Enquanto isso, é preciso que a transparência e o controle social continuem a exercer seu papel na fiscalização e demanda por melhores práticas na gestão pública.