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Imagem referente a Marinha dos EUA detectou sons “consistentes com implosão” do Titan
© US COAST GUARD

Marinha dos EUA detectou sons “consistentes com implosão” do Titan

Sons "consistentes com uma implosão" foram registados após o submersível da empresa turística OceanGate ter perdido o contacto com a superfície, no domingo passado, revelaram as......

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Por CGN

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Imagem referente a Marinha dos EUA detectou sons “consistentes com implosão” do Titan
© US COAST GUARD

Sons “consistentes com uma implosão” foram registados após o submersível da empresa turística OceanGate ter perdido o contacto com a superfície, no domingo passado, revelaram as autoridades norte-americanas.

A informação se soma à descoberta dos destroços que indicam um incidente “catastrófico”. Os fragmentos encontrados perto dos destroços do Titanic incluem o cone da cauda do Titan e duas partes do casco de pressão.

O submersível, desapareceu depois de uma hora e 45 minutos de mergulho. Em caso de emergência, a cápsula estaria projetada para garantir 96 horas de oxigênio como “suporte de vida”.

As buscas de quatro dias que se seguiram não tiveram sucesso. Na quinta-feira (22), o contra-almirante Mauger, da Guarda Costeira norte-americana, confirmou as mortes das cinco pessoas a bordo do Titan.

As cinco pessoas a bordo eram o bilionário e explorador britânico Hamish Harding, de 58 anos; o magnata de negócios nascido no Paquistão Shahzada Dawood, 48, e seu filho Suleman, de 19, ambos cidadãos britânicos; o oceanógrafo francês e especialista em Titanic Paul-Henri Nargeolet, 77, que visitou os destroços dezenas de vezes; e o norte-americano Stockton Rush, fundador e executivo-chefe da OceanGate, que pilotava o submersível.

Implosão catastrófica

A tese de implosão do submersível Titan ganha terreno com novas informações difundidas pelas autoridades norte-americanas.

A causa apontada para o acidente teria sido uma “implosão catastrófica”, com base nos padrões de detritos. A este dado soma-se a detecção de sons “consistentes com uma implosão ou explosão próximo de onde o submersível Titan operava quando as comunicações se perderam”, de acordo com a Marinha norte-americana.

Um oficial da Marinha dos EUA avançou à CBS News que as informações sobre os “sons detectados” foram, depois, usados pela Guarda Costeira para restringir a área de busca. Os esforços continuam para mapear o campo de destroços e investigar o fundo do mar ao redor do Titanic.

Citado na BBC, Paul Hankin, um especialista em submarinos, sublinhou que a primeira indicação de que o submersível poderia ter implodido surge com a descoberta de um grande campo de destroços, na quinta-feira.

“Essencialmente, encontramos cinco pedaços principais diferentes de detritos que nos indicam ser dos restos do Titan”, alegou.

A agência Reuters noticiou na quinta-feira que as renúncias de responsabilidade assinadas pelos passageiros do Titan podem não proteger o proprietário da embarcação de possíveis processos judiciais por parte das famílias das vítimas

Turismo, lucro e risco da curiosidade

Com o destino do Titan e daqueles que iam a bordo, as atenções voltam-se agora para a segurança de serviços de turismo e a respectiva adequação para transportar pessoas até o local do naufrágio do Titanic.

Quem embarcou naquela que se tornou a última viagem do Titan, pagou mais de € 250 mil euros (R$ 1,2 milhão). O percurso levaria oito horas para descer a 3,8 mil metros e chegar ao que resta do RMS Titanic, a cerca de 380 milhas da costa de St. John's, em Newfoundland, Canadá.

Durante mais de um século, o navio afundado tem estimulado a curiosidade irresistível dos exploradores e cineastas.

O realizador do blockbuster de Hollywood Titanic e explorador de águas profundas, James Cameron, tornou-se a primeira pessoa a fazer um mergulho até a parte mais profunda do oceano.

Em 2012, Cameron projetou e construiu um submersível. E “o risco de um submarino implodir sob pressão esteve sempre em primeiro lugar nas mentes dos engenheiros”.

Entre diversos episódios relacionados com a reivindicação dos destroços e direitos para visitar o Titanic, várias empresas desenvolveram rotas turísticas dedicadas a uma parte de público endinheirado.

Em 1998, a empresa britânica Deep Ocean Expeditions foi uma das primeiras a vender bilhetes ao público por cerca de € 33 mil (R$ 170,3 mil). Em 2012, a mesma empresa ampliou as viagens para 12 dias, cada uma, e levou 20 passageiros por mais de € 59 mil (R$ 306 mil) por pessoa.

A partir de 2002, a empresa de viagens Bluefish, com sede em Los Angeles, começa também a mergulhar até ao Titanic com preços que atingem os € 60 mil (R$ 311 mil) por pessoa.

Em 2019, a Blue Marble, com sede em Londres, vendeu bilhetes por mais de € 106 mil (R$ 550 mil).

A OceanGate realizou expedições bem-sucedidas em 2021 e 2022 e tem 18 mergulhos planejados em 2023.

Fonte: Agência Brasil

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