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Em Cascavel, Moro agradece votos e a reafirma compromissos – por Caio Gottlieb

Com exceção de Alvaro Dias (que sempre manteve uma relação muito próxima com os prefeitos), a quem o ex-juiz da Operação Lava Jato derrotou para ocupar...

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Por Caio Gottlieb

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Uma diferença que Sergio Moro pretende marcar em relação aos atuais senadores que representam o Paraná no Congresso Nacional é a presença mais constante no interior no Estado.

Com exceção de Alvaro Dias (que sempre manteve uma relação muito próxima com os prefeitos), a quem o ex-juiz da Operação Lava Jato derrotou para ocupar a vaga que estava em disputa nestas eleições, nunca se viu na história política do Paraná dois senadores tão omissos e ausentes como Oriovisto Guimarães e Flavio Arns.

Tendo prometido durante a campanha ser um senador itinerante para auscultar mais de perto os anseios dos paranaenses e não repetir o erro dos dois colegas, motivo de muitas críticas que ouviu dos eleitores, Moro já começou a cumprir a palavra antes mesmo de ser empossado.

Em sua primeira visita à cidade como senador eleito, acompanhado do seu suplente, o advogado Luis Felipe Cunha, ele reuniu-se na noite desta quarta-feira (30) na Associação Comercial e Industrial Cascavel com lideranças empresariais e políticas, além de correligionários de toda a região, para agradecer os votos recebidos no município (mais de 56 mil) e reafirmar os princípios inegociáveis que nortearão o mandato que irá exercer a partir de fevereiro.

Depois de fazer uma breve exposição sobre o cenário político pós-eleitoral, Moro respondeu diversas perguntas da numerosa plateia que foi ouvi-lo, oportunidade em que declarou, mais uma vez, que fará oposição ferrenha ao governo Lula sem deixar de apoiar eventuais projetos que sejam efetivamente benéficos para o Brasil, e reiterou seus compromissos com o combate à corrupção e ao crime organizado, com a defesa do direito de propriedade, da livre iniciativa e da liberdade de expressão.

Criticando severamente as decisões do Supremo Tribunal Federal que anularam as condenações que ele impôs a Lula nos processos da roubalheira na Petrobras, ele lembrou que a sua atuação no Ministério da Justiça no governo Bolsonaro (cargo que deixou ao romper com o presidente, mas com quem se reconciliou durante as eleições) segue resultando desde 2019 em significativas quedas nos índices de violência em âmbito nacional.

Enfatizou, ainda, que irá se empenhar para mudar a legislação que hoje permite até a condenados por delitos bárbaros deixar a prisão depois de cumprir menos da metade da pena, gerando a sensação de impunidade que estimula a revolta da população contra o poder judiciário.

Dizendo-se pessimista com o futuro governo do PT pela volta de ultrapassadas pautas de esquerda que trarão retrocessos econômicos ao país, Moro externou sua solidariedade aos manifestantes que protestam pacificamente diante dos quartéis contra a eleição de Lula, reflexo da polarização política que divide a nação, mas não vê nada que possa impedir a posse do petista na presidência da República.

Terminado o encontro, organizado pelo advogado Juliano Murbach, seu amigo pessoal dos tempos em que exerceu a magistratura no juizado federal de Cascavel, Moro foi jantar com um pequeno grupo de amigos no restaurante La Mafia – nome que, inevitavelmente, provocou boas piadas diante do ex-magistrado que botou na cadeia alguns dos mafiosos mais ilustres da nação.

Pena que, pela vontade dos eleitores e com a ajuda do STF e do TSE, eles estejam voltando ao poder.

Que seja o que Deus quiser.

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