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Desmistificando a venda da Copel – por Caio Gottlieb

Não se trata apenas da maior empresa do Paraná. Estamos falando de uma verdadeira instituição....

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Por Caio Gottlieb

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É natural que o projeto de privatização, ainda que parcial, da Companhia Paranaense de Energia, inflame debates e polêmicas diante de sua emblemática relevância na história do desenvolvimento socioeconômico do Estado.

Não se trata apenas da maior empresa do Paraná. Estamos falando de uma verdadeira instituição.

Alguns dos questionamentos refletem preocupações justas e desapaixonadas com os impactos da mudança. Outros são motivados meramente pela demagogia de adversários políticos.

Antes de mais nada, é necessário esclarecer um ponto crucial da proposta: o Estado não vai abrir mão totalmente da Copel. Longe disso.

A lei aprovada pela Assembleia Legislativa autoriza o governo a negociar metade dos 31% que compõem sua participação societária e coloca a companhia no sistema de gestão chamado de “corporação”, muito utilizado na Europa e nos Estados Unidos para atrair investidores e já adotado por grandes ex-estatais brasileiras como Vale, Embraer e Eletrobrás.

Pelo novo modelo, a Copel não terá mais um “dono” e seu controle acionário ficará disperso, resguardando-se ao Estado o direito de manter a posição de sócio majoritário, continuando a receber dividendos e usufruindo do crescimento da empresa, sem ingerência direta na administração, mas dispondo de poder de veto em assuntos de interesse estratégico para o Paraná.

Isso significa, por exemplo, que o governo poderá não referendar o plano anual da companhia se não estiverem previstos investimentos para ampliar a rede de distribuição de energia e melhorar a qualidade dos serviços.

Deixando de ser uma empresa pública, a Copel não estará mais sujeita a interferências políticas, desobriga-se de fazer concursos para contratação de funcionários, podendo buscar novos talentos no mercado sem prejuízo da estabilidade dos atuais funcionários, e livra-se das amarras das rígidas exigências da Lei de Licitações, o que lhe permitirá realizar cotações e efetuar compras de forma mais rápida e econômica, competindo em igualdade de condições com a concorrência.

Hoje, o setor elétrico nacional só tem três estatais: a Copel, a mineira Cemig, que já ensaia caminhar na mesma direção da congênere do Paraná, e a catarinense Celesc.

Estima-se que a comercialização dos 15% da Copel renderão ao governo estadual pelo menos 3 bilhões de reais, valor que será integralmente revertido para obras na área de energia.

Por todos esses aspectos favoráveis, desfazer-se de uma parte da Copel será um negócio extremamente vantajoso para a sociedade paranaense.

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