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A história que ainda não terminou – por Caio Gottlieb

Sem isso, haverá terreno sempre fértil para que sigam germinando as suspeitas de que informações relevantes e cruciais, que poderiam ter ajudado a combater o problema...

Publicado em

Por Caio Gottlieb

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Um dia, quem sabe, virão à tona todas as verdades sobre a epidemia da Covid-19 que permanecem submersas pela persistente recusa da China em permitir que órgãos internacionais qualificados e independentes façam uma rigorosa investigação na região onde supõe-se que o coronavirus teve origem.

Sem isso, haverá terreno sempre fértil para que sigam germinando as suspeitas de que informações relevantes e cruciais, que poderiam ter ajudado a combater o problema com maior efetividade e rapidez e fornecer conhecimento científico para a prevenção e o tratamento de epidemias futuras, vêm sendo acobertadas.

Não estamos falando de meras teorias conspiratórias, mas de provas bastante sólidas de que Pequim muito provavelmente não quer contar tudo o que sabe a respeito da enfermidade para não expor sua incúria e sofrer processos bilionários de indenização pelos milhões de mortes e danos econômicos que a catástrofe sanitária causou.

Juntando-se às desconfianças, até agora não afastadas, de que o vírus possa ter escapado de um laboratório de pesquisas onde vinha sendo estudado, aparecem evidências de que a China, ao descobrir que a doença começava a se disseminar, cuidou primeiro de se proteger para depois notificar o mundo.

Uma delas foi a descoberta feita por dois ex-funcionários de primeiro escalão do governo norte-americano, publicada em recente reportagem do jornal britânico The Telegraph, de que o governo chinês começou a fazer estoques colossais de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscaras e aventais, grande parte importada de outros países, além de restringir severamente as exportações desse tipo de material, entre agosto e setembro de 2019.

Ou seja, a operação aconteceu mais de três meses antes de Pequim revelar à comunidade internacional que alastrava-se pelo país um patógeno mortífero com altíssimo potencial de contágio.

Pode ser apenas uma incrível coincidência, mas é mais um fato intrigante para reforçar os mistérios que cercam o assunto.

Como reza o famoso ditado espanhol, “no creo en brujas, pero que las hay, las hay.”

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