Este é o plano – por Caio Gottlieb

Cobrado insistentemente pela imprensa (a parte dela menos parcial), por lideranças empresariais, pelo mercado financeiro e até por aliados de outras siglas a apresentar seu programa de governo para a área econômica, Lula desconversa, faz mistério e suscita muitas especulações e desconfianças.

O que já não é mais nenhum segredo é o tratamento hostil que, se eleito, ele dará ao agronegócio, a começar pela promessa de outorgar mais poder ao MST, que não prega mais apenas a “reforma agrária”, mas a eliminação pura e simples de todo o sistema de produção que existe hoje na agricultura brasileira, o mais eficiente e bem-sucedido setor da economia nacional, que bate recordes seguidos nas exportações e traz os dólares que vêm garantindo o superávit da balança comercial do país.

Mas é muito mais do que isso: além de alimentar 1 bilhão de pessoas ao redor do planeta e de ter transformado o Brasil em um dos maiores produtores e exportadores de produtos agrícolas do mundo, o agronegócio gera emprego, renda e impostos tanto no campo quanto nas cidades, sustentando e fazendo prosperar uma ampla cadeia de produção na indústria, no comércio, nos serviços e na tecnologia.

Logo, atacar a atividade à qual se dedicam patrioticamente pequenos, médios e grandes agricultores, pecuaristas, avicultores e suinocultores, é atacar direta e indiretamente todos os demais segmentos econômicos.

Pois é exatamente a turma que pretende destruir tudo isso para implantar uma agricultura de modelo comunista, que já mergulhou muitas nações na fome e na miséria, que o petista deseja ter ao seu lado no Palácio do Planalto.

Resta-nos, assim, uma única conclusão: produtores rurais – aliás, xingados por Lula de fascistas -, assim como todos aqueles que vivem às custas do agronegócio, que votam ou pretendem votar no PT, só podem estar doentes da cabeça.

Para dizer o mínimo.