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Imagem referente a Maluco Beleza: Advogado pede que Raul Seixas, morto em 1989, seja condenado pela queda do avião que vitimou herdeiro da Família Real Portuguesa
Reprodução

Maluco Beleza: Advogado pede que Raul Seixas, morto em 1989, seja condenado pela queda do avião que vitimou herdeiro da Família Real Portuguesa

Não bastasse o requerimento principal, o causídico ainda pede que a citação do músico falecido “seja imposta a maçonaria do Brasil [...] no plano espiritual correspondente”...

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Por Isabella Chiaradia

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Imagem referente a Maluco Beleza: Advogado pede que Raul Seixas, morto em 1989, seja condenado pela queda do avião que vitimou herdeiro da Família Real Portuguesa
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Um advogado e músico de Ponta Grossa, intitulado “Dinossauro do Rock” e descendente do Barão de Holleben, apresentou uma notícia crime em face de Raul Seixas, cantor, multi-instrumentista, pioneiro do Rock no Brasil e maluco beleza, que morreu em 1989.

Na petição inicial, encaminhada à Vara Criminal de Marechal Cândido Rondon na sexta-feira (02), o advogado pede a condenação de Raul Seixas pela morte do Príncipe Pedro Luís de Orléans e Bragança, descendente da Família Real Portuguesa, vítima do acidente aéreo do Voo 447 da Air France em 2009. Para ele não há a menor dúvida que Raul Seixas tenha matado o Principe, mesmo o acidente aéreo tendo ocorrido em data posterior a morte do cantor.

Não bastasse o requerimento principal, o causídico ainda pede que a citação do músico falecido “seja imposta a maçonaria do Brasil […] no plano espiritual correspondente”, pois para ele, não há a menor dúvida de que foi Raul Seixas que derrubou a aeronave ocupada pelo Príncipe, visto que este seria seu trabalho “denominado serviço público federal voluntário”.

Para o advogado, as filhas de Raul Seixas podem comprar um título de princesa, que não serão ridicularizadas.

Um fato curioso foi a respeito da escolha da jurisdição para julgar o caso. O advogado escolheu a cidade de Marechal Cândido Rondon, situada no oeste paranaense, pois foi ali, que em 20 de agosto de 1976, Raul Seixas fez um show, sendo este o mesmo ano em que o autor da notícia crime, obteve o título de “Dinossauro do Rock”, por completar 26 anos de atividades ininterruptas de Rock.

Outro pedido inusitado, é que o juiz supra a assinatura da banda canadense Rush, quanto a suposta existência de uma parceria colaborativa para a utilização do nome “Rush in Rio” e a gravura de um dinossauro na capa de um álbum musical lançado em 2003, a fim de que a empresa gerida pelo advogado possa produzir e vender produtos decorrentes desta parceria “cessando os efeitos espirituais sobre os pilotos do avião”.

Ainda, são apontadas algumas coincidências: o advogado realizou a inscrição profissional como baterista em 2002, recebendo o número 1989, ano que Raul morreu, sendo que alguns meses antes, havia feito um show na cidade de Ponta Grossa, local de nascimento do autor e que desta apresentação existem apenas duas fotos originais e uma delas pertence a ele.

A equipe da CGN verificou que o advogado possui inscrição ativa na Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Paraná (OAB/PR), desde fevereiro de 2001, na subseção de Ponta Grossa, sendo atuante na área criminal.

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