O caminho se faz ao caminhar – por Caio Gottlieb

Para quem ainda tinha qualquer dúvida, e para calar definitivamente os intriguistas de plantão, o comício de Bolsonaro e Ratinho em Curitiba mostrou e reforçou, uma vez mais, a sólida união da dupla.

Uma aliança, diga-se de passagem, que teve início no pleito de 2018, foi ampliada ao longo dos últimos quatro anos com a atenção especial que o governo federal deu ao Estado, principalmente através de inúmeras obras patrocinadas pela Itaipu Binacional, fruto de reconhecimento constante de Ratinho, e agora é sacramentada na campanha em que ambos buscam a renovação dos mandatos.

Com vibrante discurso no evento, o governador evidenciou a sua gratidão e o seu compromisso de apoio ao aliado declarando que “a maior votação do Brasil para o Bolsonaro vai ser do Paraná”.

Por sua vez, o presidente retribuiu o gesto de lealdade com rasgados elogios ao anfitrião, que chamou de grande parceiro, e afirmou que Ratinho “tem um grande futuro pela frente, é um homem de projeção nacional, amadurece e se prepara para esse desafio”.

Bolsonaro está vendo o que vários experimentados analistas do panorama político também já enxergam.

Confirmando-se as previsões que apontam para a sua reeleição ainda no primeiro turno, com votação que promete ser consagradora, o governador emergirá das urnas como um forte candidato ao Palácio do Planalto em 2026, recolocando o Estado no primeiro plano da cena política brasileira.

Pode ser até que ele neste momento nem alimente essa pretensão, mesmo porque, sendo ainda muito jovem, tem o tempo conspirando a seu favor.

Mas quem está na vida pública acaba sendo conduzido pelos acontecimentos e deixa de ser dono de seu destino.

Seja como for, depois das próximas eleições, virá um tempo de profunda renovação na liderança política do país.