Coronel Lee fala sobre ações após denúncia de assédio sexual contra médico da PM

Na época das denúncias de assédio contra o tenente-coronel Fernando Dias Lima, conhecido como Bacana, o 5º Comando Regional da Polícia Militar estava sob o comando do Coronel Washigton Lee, que atualmente é deputado estadual.

Lee conversou com a CGN nesta tarde (30) para detalhar como foram os procedimentos adotados diante da denúncia de que o médico que atendia no batalhão assediava policiais femininas e mulheres familiares de militares durante as consultas.

Segundo Lee, quando a primeira queixa chegou, ele tomou a decisão imediata pelo afastamento do médico. Em pouco tempo chegaram outras dezenas de relatos. O coronel diz que acompanhou de perto toda a apuração e em muitos casos agiu pessoalmente.

Exclusão

Lee afirma ainda que a corregedoria já decidiu pela expulsão de Fernando Bacana dos quadros da Polícia Militar e que a decisão estaria em fase de recurso. Segundo ele, a decisão foi unânime. A informação foi negada pelo advogado de defesa do acusado, Zilmo Girotto.

Além do processo administrativo, tramita na Justiça Militar a apuração de 30 denúncias, sendo 23 de atentado violento ao pudor e 7 de assédio sexual, além da acusação de ocultação de documentos.

Uma terceira apuração é de responsabilidade do CRM (Conselho Regional de Medicina), ligada à licença profissional do médico.

Segundo a defesa de Bacana, ele não está mais em prisão domiciliar e responde aos processos em liberdade. O advogado afirma que não irá se manifestar sobre os detalhes dos processos devido ao sigilo em que tramitam.

A Polícia Militar diz apenas que o conselho que apura se Bacana seguirá ou não nos quadros da PM está em fase decisória, eles não detalham se já houve decisão de primeiro grau.