Vereadora acusada de corrupção é cassada em São Miguel do Iguaçu

A vereadora Flávia Dartora, de São Miguel do Iguaçu, foi cassada em sessão realizada na noite de ontem (27).

Ela estava afastada por determinação da justiça desde dezembro, sem remuneração, acusada de receber vantagens indevidas. Ela foi denunciada criminalmente pelo MPPR, com mais sete pessoas, a partir das investigações da Operação WO, deflagrada em 13 de novembro pela 1ª Promotoria de Justiça da comarca e pela Divisão de Combate à Corrupção da Polícia Civil.

A comissão da Câmara que apurou o caso deu parecer pelo arquivamento. Os vereadores, no entanto, com placar de 6 a 2, derrubaram o parecer e aprovaram a cassação.

A denúncia

A denúncia do Ministério Público aponta que a vereadora e seu marido lideraram uma organização criminosa que teria praticado os crimes de peculato, falsidade ideológica, fraude a licitação e lavagem de dinheiro. A vereadora, que estava impedida de contratar com o poder público, criou com seu marido uma empresa composta por laranjas que foi contratada em 2018 pela Prefeitura de São Miguel do Iguaçu para prestar o serviço de convivência e fortalecimento de vínculos para crianças em situação de vulnerabilidade social.

Fraude

Para receber remuneração maior do que a devida, os acusados fraudavam a lista de alunos atendidos. A empresa repassava valores mensais à vereadora e seu marido, fazia pagamentos de suas despesas pessoais e realizava depósitos em favor do partido político da vereadora. Só em 2019, foram desviados mais de R$ 120 mil.

A vereadora, que está fazendo uso de tornozeleira eletrônica, não participou da da sessão. A justiça determinou o pagamento de fiança no valor de cem salários mínimos (R$ 99.980).