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O ocaso da imprensa escrita

Mas não havia nisso nenhum exagero: o ponto de equilíbrio para cobrir os custos e manter em níveis rentáveis um veículo de comunicação do porte de...

Publicado em

Por Caio Gottlieb

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Quem lê habitualmente a Veja há pelo menos uns dez anos deve lembrar de, em alguns momentos dessa relação, ter comentado que o excesso de anúncios atrapalhava a absorção do seu conteúdo, sempre marcado por jornalismo da melhor qualidade.

Mas não havia nisso nenhum exagero: o ponto de equilíbrio para cobrir os custos e manter em níveis rentáveis um veículo de comunicação do porte de Veja, um dos maiores sucessos da história da imprensa nacional, demandava e demanda a ocupação de, no mínimo, 50% de suas páginas com publicidade, além da venda de assinaturas e de exemplares em bancas de jornais.

Entretanto, os tempos, hoje, são outros: em sua edição desta semana, ela circulou com exatas 100 páginas, um volume dentro do padrão normal, só que apenas uma dúzia delas traziam materiais de propaganda, alguns, inclusive, com cara de permuta.

É o retrato pronto e acabado do fenômeno que vem determinando nos últimos anos o esvaziamento publicitário das publicações impressas no Brasil e no mundo: a acelerada migração em massa dos leitores e consumidores para as mídias digitais.

Com a falência da editora Abril, que a lançou há mais de meio século, a revista só não encerrou suas atividades, destino de dezenas de outros famosos títulos da lendária empresa, porque foi adquirida pelo banqueiro Fabio Camargo, dono do BTG Pactual, que, obviamente, tem muita bala na agulha para tocá-la com prejuízo de qualquer tamanho, visando tão somente obter influência nas altas esferas políticas.

Ou seja, só mesmo um banco pra bancar tal negócio. Com o perdão do trocadilho.

(Leia e compartilhe outras postagens acessando o site: caiogottlieb.jor.br)

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