A verdade é uma só – por Caio Gottlieb
Tomando decisões equivocadas e desastradas, influenciadas por excesso de ambição, oportunismo e imaturidade mesmo, o ex-juiz da Lava Jato demonstra que não leva jeito para o...
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Por Caio Gottlieb
Depois que largou sua brilhante carreira na magistratura para enveredar pelos pantanosos caminhos da vida pública, Sergio Moro tem cometido erros em série.
Tomando decisões equivocadas e desastradas, influenciadas por excesso de ambição, oportunismo e imaturidade mesmo, o ex-juiz da Lava Jato demonstra que não leva jeito para o jogo da política e coloca em risco o valioso legado que construiu no enfrentamento da impunidade dos poderosos.
Nesta semana, porém, ele acertou em cheio.
Entrevistado pelo canal Talk Churras no YouTube, o magistrado da operação que desbaratou a organização criminosa formada por políticos e empresários para saquear bilhões de reais dos cofres da Petrobras, botou a boca no trombone ao lamentar o retrocesso que se vê hoje no país para conter os desvios de dinheiro público.
Sem meias palavras, ele atribuiu a culpa, em boa medida, a certos integrantes do Supremo Tribunal Federal, “que são autodeclarados inimigos do combate à corrupção”, e citou nominalmente o ministro Gilmar Mendes, que “anula tudo, não condena ninguém e ainda é extremamente ofensivo nas decisões dele ao pessoal da Lava Jato, inventa lá umas histórias que não tem nada a ver. Eu só vejo isso, nunca vi ele condenar ninguém.”
Moro pôs pra fora coisas que estão engasgadas há muito tempo na garganta de grande parte dos brasileiros e precisam ser ditas e repetidas em alto e bom som.
Se nada podemos fazer para impedir que alguns dos intocáveis do STF continuem agindo como vilões, pelo menos não vamos deixar que se passem por mocinhos.
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