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Imagem referente a Até tu, ONU? – por Caio Gottlieb

Até tu, ONU? – por Caio Gottlieb

Em repúdio à descabida e tendenciosa acusação, que não foi unânime e não terá nenhum efeito prático, Moro divulgou a nota que reproduzo abaixo e que...

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Por Caio Gottlieb

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Imagem referente a Até tu, ONU? – por Caio Gottlieb

Quando a gente pensa que já viu tudo, vem um certo Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas e declara que o ex-juiz Sergio Moro não agiu com imparcialidade no julgamento dos processos da Lava Jato contra Lula.

Em repúdio à descabida e tendenciosa acusação, que não foi unânime e não terá nenhum efeito prático, Moro divulgou a nota que reproduzo abaixo e que coloca todas as coisas nos seus devidos lugares.

“Após conhecer o teor do relatório de um Comitê da ONU não dos órgãos centrais das Nações Unidas, pode-se perceber que suas conclusões foram extraídas da decisão do Supremo Tribunal Federal do ano passado, da 2ª turma da Corte, que anulou as condenações do ex-Presidente Lula.

Considero a decisão do STF um grande erro judiciário e que infelizmente influenciou indevidamente o Comitê da ONU.

De todo modo, nem mesmo o Comitê nega a corrupção na Petrobras ou afirma a inocência de Lula.

Vale destacar que a condenação do ex-presidente Lula foi referendada por três instâncias do Judiciário e passou pelo crivo de nove magistrados.

Também é possível constatar, no relatório do Comitê da ONU robustos votos vencidos que não deixam dúvidas de que a minha atuação foi legítima na aplicação da lei, no combate à corrupção e que não houve qualquer tipo de perseguição política.”

Tenho feito neste espaço constantes reparos à conduta errática e discutível de Sergio Moro no mundo da política, mas nunca deixo de lembrar que lhe seremos eternamente gratos por ter nos dado um dia, como juiz de direito, a esperança de que é possível levar à barra dos tribunais as camarilhas criminosas que, desde sempre, se apropriam do poder para saquear os bens públicos do país.

Infelizmente, ao não se levantar com todas as forças de que dispõe para impedir o Supremo Tribunal Federal de continuar fabricando artifícios jurídicos para destruir a Lava Jato e livrar da cadeia corruptos com culpa comprovada, a sociedade brasileira demonstra sua leniência e complacência com os réus ricos e poderosos.

O problema que se vê agora é que a impunidade também é cultuada na ONU, uma instituição que já foi séria e respeitada e hoje não passa de um circo sem graça que descambou para a completa inutilidade.

Enfim, de onde menos se espera, dali mesmo é que não sai nada.

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