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Um tiro certeiro – por Caio Gottlieb

Não é possível concordar com a sua retórica chula recheada de ameaças de agressão física a ministros do Supremo Tribunal Federal (ou a quem quer que...

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Por Caio Gottlieb

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É incontestável, do meu ponto de vista, o fato de que o deputado federal Daniel Silveira está longe de ser um modelo de parlamentar.

Não é possível concordar com a sua retórica chula recheada de ameaças de agressão física a ministros do Supremo Tribunal Federal (ou a quem quer que seja), ainda que a Corte mereça o mais veemente repúdio, aliás, sempre expressado neste blog sem meias palavras, por atitudes que afrontam constantemente a Constituição, apropriando-se de prerrogativas exclusivas do legislativo e do executivo e consagrando-se como tábua de salvação para garantir a impunidade de políticos corruptos.

Desaprovo em muitos aspectos a conduta do deputado, mas é inaceitável vê-lo submetido à uma verdadeira inquisição medieval pelo STF e ser absurdamente condenado a mais de oito anos de prisão, além da perda do mandato, por ter proferido meras bravatas infantis ao exercer seu legítimo direito à liberdade de expressão.

A propósito, se os tiranos de toga pretendem colocar na cadeia todas as pessoas que lhes desferem xingamentos pelo país afora terão que mandar prender quase toda a população brasileira. São juízes que, por julgarem com dois pesos e duas medidas para proteger bandidos de estimação, entre tantos outros atos “jurídicos” indignos que vivem praticando, caíram em total descrédito perante a opinião pública.

Dito isso, declaro meu integral apoio à corajosa decisão de Bolsonaro de conceder o benefício da graça presidencial a Silveira, perdoando a inadmissível pena que lhe foi aplicada e barrando a consumação de uma escandalosa injustiça que iria coroar um processo absolutamente ilegal, como apontam inúmeros e renomados juristas, conduzido pela sanha arbitrária do ministro Alexandre de Moraes.

Agiu bem o presidente. Estava mais do que na hora de dar uma resposta contundente aos abusos do STF. E o fez sem sair fora dos limites das quatro linhas do campo constitucional, valendo-se apenas dos poderes que a lei lhe confere.

Antes tarde do que nunca, ele se redime, finalmente, do grave erro que cometeu ao render-se de forma humilhante à indevida e fatídica intromissão de Xandão em 2020 que o impediu de nomear o delegado Alexandre Ramagem para a direção da Polícia Federal.

Como era de se esperar, os opositores de Bolsonaro estão esbravejando que o indulto do deputado é uma afronta à suprema Corte.

Que seja.

Ela precisa saber que pode muito mas não pode tudo, que a tolerância para seus atos ditatoriais tem limite, e que é prudente não ficar esticando a corda

Um dia arrebenta.

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