Combustível: Consumidor já paga R$ 0,22 a mais no diesel e R$ 0,10 na gasolina

Desde a última sexta-feira (14), quem precisou abastecer os veículos utilizando Gasolina ou Diesel, já percebeu um grande aumento em relação ao valor comercializado no fim do ano passado, 2021.

Após 77 dias sem reajustes, a Petrobras realizou o aumento no dia 12 de janeiro, assim, provocando uma rápida reação nos valores cobrados nas bombas.

O último aumento que havia sido repassado pela empresa ocorreu no final de outubro de 2021, sendo que em dezembro, uma redução de R$ 0,10 havia sido realizada nas refinarias, entretanto, o valor não chegou a ser repassado ao consumidor final.

Conforme o levantamento da Agência Estado, o ano começou com o valor médio da gasolina sendo cobrado a R$ 6,828 nos postos brasileiros, um pequeno recuo de 0,89% em relação a dezembro de 2021, quando o valor do litro estava em R$ 6,890. Já o etanol, fechou os primeiros 13 dias do ano a R$ 5,758, um recuo de 0,36% no valor, que no mês passado estava a R$ 5,779. Porém, se comparado ao mês de janeiro de 2021, a gasolina ainda está 41,79% mais cara e o etanol 52,37%.

Em Cascavel, hoje, o preço da gasolina está sendo comercializado a R$ 6,87, em média. Um valor R$ 0,10 superior ao da última sexta-feira (14).

Já o diesel, teve um aumento ainda mais considerável, sendo que o consumidor pagava na semana passada R$ 5,32 pelo litro e agora o combustível é comercializado a R$ 5,54, com aumento de R$ 0,22.

O álcool segue sem alteração de valor, sendo que a maioria dos postos de Cascavel não realizou o ‘famoso aumento combinado’, que normalmente reflete a porcentagem dos demais combustíveis.

De acordo com a Ticket Log, apesar de não ter este repasse do início do ano, o Etanol foi o combustível que teve o maior aumento em 2021, sofrendo acréscimos de 61,2% durante os 12 meses do ano.

O diesel subiu 43%, considerando toda a inflação de 2021, enquanto a gasolina teve um acréscimo de 43,2% durante todo o ano passado.

O tema dos valores dos combustíveis nunca esteve tão em alta, sendo que está gerando discussões entre os governos estaduais, e deputados e senadores, em relação ao ICMS dos combustíveis.

Atualmente, o ICMS incidente sobre os combustíveis é devido por substituição tributária para frente, sendo a sua base de cálculo estimada a partir dos preços médios ponderados ao consumidor final, apurados quinzenalmente pelos governos estaduais. As alíquotas de ICMS para gasolina, como exemplo, variam entre 25% e 34%, de acordo com o estado.

Em Cascavel, muitos postos de combustíveis expõem os preços que são cobrados pelos pelos impostos estaduais, federais e demais porcentagens de acréscimos.

Com estas informações, é possível notar quanto os impostos federais e estaduais impactam nos preços finais dos combustíveis, entretanto, é difícil dos governantes baixarem os valores, pois a arrecadação sofreria grandes baixas.

No site da Petrobras também é possível notar a projeção dos valores comercializados nas bombas, sendo que existem cinco componentes do preço do combustível.

Além disto, há o detalhamento em vários estados, sobre os valores que são cobrados por cada um dos imposto, serviços e também preço da venda na refinaria.

O Projeto de Lei sobre a alteração das alíquotas do ICMS está nas mãos do Senado, sendo que não há previsão do andamento da análise e votação.