Macho escroto: De onde vem? Como vive? Do que se alimenta?
Nas últimas semanas alguns indivíduos da espécie foram vistos circulando na região e também em Cascavel....
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Por Deyvid Alan
Um problema muito atual, mas que acompanha a sociedade durante séculos, tem nome e sobrenome: macho escroto.
O tema é polêmico e até imagino o Sérgio Chapelim apresentando: “Macho escroto, de onde vem? Como vive? Do que se alimenta? Hoje, no globo repórter”.
Obviamente a CGN sempre a frente, traz para você explicações e orientações sobre o assunto, considerando que nas últimas semanas alguns indivíduos da espécie foram vistos circulando na região e também em Cascavel.
Antecipadamente peço desculpas a você internauta pela utilização da expressão um pouco chula “macho escroto”, mas apresento assim para facilitar na identificação / adjetivação daquele sujeito que tem atitudes muito questionáveis e que são conhecidos também como assediadores.
Nas últimas semanas, câmeras de segurança registraram situações lamentáveis de homens assediando mulheres. Em um dos casos, dois homens passaram de carro ao lado de uma ciclista e um deles passou a mão na jovem que acabou caindo de bicicleta.
No início desta semana, um outro caso também revoltou a população quando um motociclista passa ao lado de duas mulheres e levanta o vestido de uma delas.
Em Cascavel, mais um caso do tipo foi registrado nesta segunda-feira (11), quando uma jovem foi assediada no lago municipal. Em entrevista à CGN ainda no local da ocorrência, ela contou que estava de bicicleta quando dois rapazes a assediaram, um deles passando a mão no corpo dela.
A Guarda Civil Patrimonial acionou a Guarda Municipal que deteve os irmãos, um deles menor de idade e que foram levados à delegacia após a importunação.
A Delegada Bárbara Strapasson da Delegacia da Mulher de Cascavel, conversou com a CGN e explicou que importunação sexual é um crime previsto em lei e precisa ser denunciado.
Bárbara contou que a importunação sexual é quando uma pessoa pratica contra a outra, sem a anuência desta, qualquer ato libidinoso para satisfazer seu próprio prazer. Exemplos disso são as passadas de mão, beijo forçado ou aquelas situações corriqueiras no transporte público como a masturbação e ejaculação.
Para a Delegada, é necessário que haja uma mudança de mentalidade e que as mulheres não sejam tratadas como objeto.
“É muito difícil enquanto mulher você ter medo de fazer uma caminhada, medo de frequentar determinados lugares ou ter que ficar pensando que roupa irá usar para não estar sujeita a esse tipo de atitude. A mulher não é propriedade, então ela não pode ser tratada dessa maneira”, ressalta.
Bárbara completou ainda que é extremamente necessária essa mudança de comportamento, inclusive na forma como nos tratamos enquanto seres humanos.
Mas ainda há a pergunta: Quando e como chegamos a esse ponto? Para isso precisamos analisar toda a situação dentro de um contexto cultural que desde muito tempo coloca a mulher sempre numa condição inferiorizada, a objetifica e a trata como posse.
Apoiados na cultura machista e patriarcal, homens se vêem no direito de assediar, importunar, agredir as mulheres e ainda assim culpar a vítima pela humilhação a qual foi submetida.
A sociedade composta por “machos escrotos” pode e deve acabar, mas a mudança precisa começar dentro de casa. Coloque o seu filho homem para trabalhar e conscientize-o que serviço de casa não é coisa de mulher; Ensine ele que o respeito é a base das relações sociais e interpessoais; Explique que não é não e que o sim sob condições adversas também não; Mostre que o corpo dele é sagrado, tanto quanto o corpo do outro e que esse espaço não deve ser invadido.
A educação com base na ética, no amor, no respeito ao próximo, pode ajudar a surgir homens de verdade que transformarão o mundo num lugar mais digno e seguro para todos, especialmente as mulheres.
Aquele conceito/ditado: “Amarre suas cabras porque meu bode está solto”, já é demasiadamente ultrapassado. Modernize-se, renove-se!
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