Dez são condenados por tráfico na Região Norte de Cascavel; líder é detento membro do PCC

Foi publicada na última sexta-feira (27) a sentença referente a operação Dasos, deflagrada em maio deste ano para apurar o crime de tráfico de drogas na região norte de Cascavel. Dez pessoas foram condenadas. O líder do bando, membro do PCC, comandava o ilícito de dentro de uma penitenciária.

Os pontos de venda ficavam no Bairro Floresta a Interlagos. Toda a investigação teve interceptações telefônicas autorizadas pela justiça e mostravam quando o líder, de dentro da cadeia, era informado sobre as transações e deva as coordenadas da venda de cocaína.

As penas somadas chegam a 63 anos e cinco dos condenados seguirão no regime fechado.

A maior pena foi de 12 anos e 10 meses de um dos condenados por tráfico e associação ao tráfico. A pena dele foi majorada pelo fato de ter sido flagrado entregando drogas na cadeia. A maconha estava escondida nas costuras de um cobertor que ele pediu para uma ficante entregar na carceragem.

O líder do grupo está detido na Penitenciária de Piraquara e já tem condenações por receptação, posse de arma, tráfico e homicídio. Ele teve a pena ampliada em cinco anos e três meses.

As duas mulheres que eram investigadas foram absolvidas. Uma delas foi flagrada entregando o cobertor na carceragem com o entorpecente, demonstrou surpresa e não houve prova que ela sabia da droga.

A outra mulher investigada foi a esposa do preso, gravada em várias interceptações telefônicas. Ficou demonstrado que ela tinha conhecimento das atividades ilícitas do marido, que ele bancava despesas com dinheiro do crime, mas ela sempre demonstrou desconforto quando ele pedia para ela tomar determinadas atitudes no negócio, como buscar dinheiro com algum dos comparsas. A mulher também tinha emprego com carteira registrada.

Além dela, foi dado alvará de soltura para cinco dos condenados, que tiveram penas menores (entre 3 anos e 3 anos e meio). Eles estavam detidos desde o final de maio e o alvará foi dado hoje. Durante o processo, em julho, outros dois suspeitos detidos na operação já haviam sido libertados.