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Imagem referente a Criança medicada no chão da UPA: mãe detalha atendimento e nega que funcionários tenham buscado lugar para ela

Criança medicada no chão da UPA: mãe detalha atendimento e nega que funcionários tenham buscado lugar para ela

Enquanto município disse que em poucos minutos servidor buscou poltrona, mãe conta que servidores entraram e saíram sem falar nada…...

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Por Mariana Lioto

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Imagem referente a Criança medicada no chão da UPA: mãe detalha atendimento e nega que funcionários tenham buscado lugar para ela

A CGN publicou ontem (29) a imagem de uma criança recebendo medicação na veia no chão da UPA Veneza. A imagem foi feita por outro paciente que ficou indignado com a situação.

Questionado pela reportagem, o secretário de saúde Thiago Steffanelo falou que a situação foi resolvida rapidamente pelos funcionários que teriam colocado a medicação e ido buscar uma poltrona. A versão foi negada pela mãe da criança, que nesta segunda-feira procurou a CGN e detalhou como foi o atendimento.

Juliane Karvat conta que a filha de 7 anos estava com vômito e dores no corpo. O atendimento ao chegar na unidade foi rápido, a médica foi atenciosa e em poucos minutos o soro com Dramin foi colocado na criança.

“Ela já estava com o soro no braço e uma servidora nos acompanhou até a sala de observação. Não havia nenhuma poltrona disponível e outra paciente já estava tomando o soro em pé. Eu perguntei se tinha outro lugar ela me falou que não tinha”.

Ela e a filha ficaram em pé por cerca de meia hora. Quando o medicamento terminou a menina começou a ter sonolência – como um efeito colateral do próprio remédio – a garotinha não aguentava mais ficar em pé e sentou.

“Eu cogitei buscar uma blusa que tinha no carro para ela sentar em cima, mas não poderia deixar ela sozinha, então resolvi sentar e colocar ela no meu colo para ela ficar um pouco mais protegida e mais confortável”.

Ela afirma que depois disso vários servidores circularam na sala, inclusive médicos e ninguém conversou com ela sobre o fato de estar no chão. Ninguém se preocupou em trazer poltrona, cadeira, nem falou nada sobre ser inadequado, do ponto de vista sanitário, sentar no chão de uma Unidade de Saúde.

Juliane ficou por cerca de meia hora no chão e quando um paciente teve alta ela teve a iniciativa de colocar a filha na poltrona, sem orientação de servidor.

“Eu cheguei a pensar que teria espaço para colocar mais quatro ou cinco poltronas ou cadeiras, mesmo que apertado, mas não reclamei com ninguém, nem vi que fui fotografada. Minha filha tem hipertiroidismo então sempre que ataca outra coisa sente muita dor no corpo, não consegue nem andar direito, minha prioridade era cuidar dela”.

Depois de mais uma hora a menina teve alta e já está melhor do sintoma. A mãe ficou satisfeita com o fato de ter sido atendido rapidamente e de o remédio ter surtido efeito e cortado o vômito, mas nega que alguém tenha tentado auxiliá-la sobre a falta de lugar, como afirmou o Município.

A CGN procura novamente a Secretaria de Saúde em busca de um novo posicionamento.

Atualização

O secretário de Saúde disse que com a versão da mãe, diferente da dos servidores, será instaurado processo administrativo na quinta-feira para apurar a conduta dos servidores.

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