A vez dos bandidos que vestem toga
Uma delas diz respeito ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, líder da organização criminosa que comandou o maior esquema de corrupção da história política...
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Por Caio Gottlieb
Há diversas circunstâncias em que o dinheiro não é tudo.
Uma delas diz respeito ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, líder da organização criminosa que comandou o maior esquema de corrupção da história política do estado, preso e já condenado em vários processos a mais de 260 anos de reclusão.
No acordo de delação premiada que ele assinou com a Polícia Federal para obter redução de pena, ainda pendente de homologação pelo STF por envolver autoridades com foro privilegiado, o compromisso de devolver aos cofres públicos 380 milhões de reais não é o item mais importante.
Em suas revelações preliminares para fechar os termos da colaboração, Cabral entregou 3 ministros do Superior Tribunal de Justiça, membros do Tribunal de Contas da União, desembargadores do Tribunal de Justiça e chefes do Ministério Público fluminense.
É a Operação Lava Jato alcançando, enfim, os desvios de conduta no âmbito do Poder Judiciário, até então intocável.
E isso não tem preço.
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