Vacina da Covid-19, é obrigado tomar? Em Cascavel há indícios de que pessoas se recusaram a receber as doses

Na manhã deste sábado (23), a equipe da CGN recebeu a informação de um internauta em relação a alguns servidores da saúde que estavam se recusando a tomar as doses da vacina que combate a Covid-19.

O fato teria ocorrido em uma Unidade de Saúde no interior do município.

Em razão da argumentação do internauta, a reportagem entrou em contato com o Secretário de Saúde, Thiago Stefanello, que respondeu os questionamentos.

Ele destacou que não foram repassadas, de forma oficial, situações onde servidores da saúde se recusaram a receber as doses, mas é provável que sim.

Nestes casos, está sendo padronizado um termo de recusa, sendo que qualquer um pode não tomar, é só assinar o documento.

Um levantamento sobre o número de recusas e vacinas aplicadas será realizado nesta segunda-feira (25).

Stefanello destacou que não há pressa em vacinar os servidores já que, para evitar desvios, os frascos não são deixados nos hospitais, mas até terça-feira, grande parte da classe já deverá ter recebido a primeira dose.

Nesta primeira fase, serão vacinadas 6.371 pessoas, a maioria delas ligadas ao setor de saúde, tanto público quanto privado. Pelo Programa Municipal de Vacinação, 5.642 profissionais da saúde serão imunizados, o que corresponde a 88,5% das pessoas que receberão a vacina.

O plano prevê ainda a vacinação de 304 pessoas com mais de 60 anos que estejam em abrigos e os funcionários dessas instituições. Outros 295 idosos com mais de 80 anos que estejam acamados também serão vacinados em suas casas. Também serão imunizados 93 pessoas com mais de 18 anos que estejam institucionalizadas e os funcionários, além de 37 pacientes do PAID que estão acamados.

Em outros estados já foram registrados casos de pessoas com mais de 80 anos e acamadas que se recusaram a receber as doses.

O tema, como tudo que movimenta a pandemia, é novo e, juridicamente, ainda não há uma definição concreta das secretarias de saúde e Ministério Público sobre o caso.

A vacinação não pode ser compulsória, entretanto, especialistas analisam que, quanto maior o número de pessoas imunizadas, menor o número de transmissões do vírus.