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“Cadê meu celular eu vou ligar pro 180, ‘Cê’ vai se arrepender de levantar a mão pra mim!”

No mundo todo, mulheres e meninas continuam a sofrer violência dentro e fora de suas casas, muitas vezes pela ação de parceiros íntimos ou pessoas da...

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Por Deyvid Alan

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A luta das mulheres para reduzir a desigualdade em relação aos homens se iniciou entre os séculos 19 e 20. No entanto, ainda no século 21, mulheres lutam para diminuir o preconceito e violência contra elas.

No mundo todo, mulheres e meninas continuam a sofrer violência dentro e fora de suas casas, muitas vezes pela ação de parceiros íntimos ou pessoas da sua confiança. A violência de gênero, especialmente a violência sexual, também se tornou uma característica complicada e persistente.

Na manhã de hoje (08) a Patrulha Maria da Penha de Cascavel divulgou o balanço da corporação que mostra o resultado dos acompanhamentos realizados em 2020. Presente tanto na área urbana quanto na rural, as ações desenvolvidas pela Patrulha Maria da Penha, vinculada à Guarda Municipal, tem ajudado a consolidar uma rede de proteção às mulheres vítimas da violência. Em 2020, as equipes fizeram 1.745 atendimentos. Esse número se aproxima do número total de atendimentos do ano anterior, quando ficou em 1.828.

A Inspetora da Patrulha Maria da Penha, Claudinéia D’Eleotério, conversou com a CGN e explicou um pouco mais sobre o importante trabalho que a equipe realiza na prevenção à violência contra as mulheres.

Segundo a Inspetora, a Patrulha Maria da Penha acompanha mulheres que já estiveram na delegacia, que já fizeram a denúncia, solicitaram a medida protetiva e o judiciário analisando a materialidade da denúncia concedeu as medidas protetivas para essa mulher. Ela diz também que um dos critérios que o judiciário analisa para conceder a medida protetiva é o histórico de antecedentes criminais do agressor e a situação de vulnerabilidade da mulher.

Claudinéia explica que a lei Maria da Penha não prevê apenas a medida de afastamento, existem outras medidas protetivas para a mulher vítima de agressão que consiste no afastamento do agressor da residência, a medida protetiva referente a distância que o agressor não pode chegar da vítima e até mesmo a medida em que o agressor não pode manter nenhum contato com a vítima.

A Inspetora também considera importante esclarecer que a atribuição da patrulha Maria da Penha é acompanhar essas mulheres que já registraram a solicitação de medida protetiva e que precisam desse respaldo para continuar a vida. Obviamente quando a patrulha se depara com uma situação de violência, o atendimento também é realizado.

Pandemia e violência contra a mulher

A patrulha teve um aumento de 179% no mês de março e abril de 2020 com relação ao mesmo período de 2019, Claudinéia destaca que o aumento também aconteceu por conta do isolamento social, no entanto deve-se lembrar que as mulheres estão denunciando mais, as mulheres estão tendo mais acesso às redes de informação e passando a confiar na Lei Maria da Penha, pois até então havia um descrédito muito grande, tanto por parte das mulheres quanto por parte dos autores.

“O crime de violência contra mulher é um crime cultural, porque ele se dá em todas as camadas da sociedade. Nós atendemos desde mulheres de classe A que moram em mansões até àquela senhora que mora num casebre no bairro de periferia”, finaliza a Inspetora.

Todas as formas de violências contra a mulher são extremamente prejudiciais à saúde física e psicológica da vítima. A violência contra a mulher é um problema social e de saúde pública que atinge todas as etnias, religiões, escolaridade e classes sociais. É uma violação de direitos humanos e liberdades fundamentais. Por isso este tipo de violência não pode ser ignorado ou disfarçado. Precisa ser denunciado por toda a sociedade.

Não tenha medo, denuncie! Sim, muitas coisas ainda precisam melhorar para que as mulheres se sintam mais protegidas e seguras para denunciar, mas se não nos unirmos, isso não acontecerá.

Denuncie e cante junto com a majestosa Elza Soares: “Cadê meu celular? Eu vou ligar pro 180, vou entregar teu nome e explicar meu endereço, aqui você não entra mais eu digo que não te conheço, ‘Cê’ vai se arrepender de levantar a mão pra mim”.

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