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Desaparecimento de animais aumenta em Cascavel após festas de final de ano

Um dos motivos principais do aumento do número de animais desaparecidos nessa época é por conta da utilização de fogos de artifício que acabam assustando os...

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Por Deyvid Alan

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Mais uma vez, neste início de ano não faltam nas redes sociais apelos de pessoas à procura do seu animal que desapareceu durante a virada de ano, e tudo o que lhes resta agora é não perder a esperança de encontrá-lo.

Um dos motivos principais do aumento do número de animais desaparecidos nessa época é por conta da utilização de fogos de artifício que acabam assustando os animais que ficam desnorteados e fogem à procura de um lugar para se proteger.

A queima de fogos de artifício é um costume tradicional em muitos países. Apesar dessa prática ser apreciada por algumas pessoas, principalmente em épocas festivas, ela pode causar danos irreversíveis aos animais, ambiente e pessoas.

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de fogos de artifício, que são classificados em quatro categorias (A, B, C e D), de acordo com a quantidade de pólvora, que reflete no nível do estampido, a intensidade do som. Somente o tipo A não produz estampido, e provavelmente por isso, não é tão popular entre os consumidores.

A virada do ano, o Natal, festas juninas e outras festividades são as épocas em que o uso de fogos de artifício é muito mais percebido e nesses períodos as entradas em hospitais ocasionadas por acidentes decorrentes da da utilização do produto também é mais frequente.

O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 5.620 internações e 1.612 atendimentos ambulatoriais referentes a acidentes causados por uso de fogos de artifício – com 96 casos de óbito em todo o país – entre 2007 e 2017. Nesse período houve uma média de 500 acidentes por ano. O maior registro de acidentes ocorreu em 2014, com 620 internações.

Mas além de muito prejudicial aos humanos, o chamado animal racional que faz a utilização desses produtos, os animais irracionais e indefesos se veem totalmente expostos aos perigos dessa prática.

Durante a tentativa de fuga do barulho causado pelos fogos de artifício podem acontecer acidentes como atropelamentos, quedas, colisões, ataque epilético, desnorteamento, surdez, ataque cardíaco principalmente em aves ou o desaparecimento do animal, que pode percorrer longas distâncias em estado de pânico e não conseguir retornar ao seu local de origem.

Em Cascavel o aumento das publicações de pessoas à procura dos seus bichos de estimação também foi percebido. Entre os dias 31 de dezembro até o momento desta publicação, apenas no Portal CGN, foram publicados 63 animais perdidos na cidade. Esse número ainda aumenta quando verificamos as postagens nas redes sociais de pessoas físicas e de ONGS de proteção animal, que no caso destas, nos perfis de apenas três organizações, foram ao menos mais 32 publicações diferentes, o que totaliza no mínimo 95 animais desaparecidos.

Algumas cidades brasileiras proíbem o uso de fogos de artifício que produzem barulho. Outras, entretanto, apenas possuem projetos ainda não aprovados sobre a proibição de fogos de artifícios barulhentos, que é o caso de Cascavel.

Em meados de 2020, os vereadores Serginho, Rafael Brugneroto e Policial Madril criaram um projeto de lei que preconiza a soltura de fogos com baixo estampido, no entanto passou apenas pela primeira votação e a segunda deverá acontecer quando as atividades da câmara retornarem neste ano.

Em foz do Iguaçu, no último dia 28 de dezembro, o Prefeito assinou um decreto proibindo a utilização de quaisquer tipos de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos entre os dias 30 de dezembro de 2020 até hoje 02 de janeiro de 2021, sob pena de multa para pessoas físicas e jurídicas de descumprissem a normativa.

Obviamente, como em todas as situações e assuntos, as opiniões divergem quanto a essa prática, que apesar de de muito popular e antiga, é também bastante controversa. Cabe o bom senso e uma análise mais sensível sobre os prós e contras e as alternativas que possam agradar, pelo menos em partes, a todos os grupos.

Com informações: Revista Científica Bioethikos, Ministério da Saúde

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