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Editorial: Covid-19: 112 mil X 178 mortes

Em Cascavel, somente no mês de novembro foram confirmadas 16 mortes de pessoas vítimas da Covid-19, totalizando 178 óbitos desde o início da pandemia. Até a...

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Por Redação CGN

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10.937, 178, 16 e 112 mil. Qualquer aluno do ensino básico vai ter facilidade para colocar em ordem crescente ou decrescente. Na ordem decrescente seria: 112 mil, 10.937, 178 e 16. Mas, se estes números específicos forem colocados na ordem crescente também estarão na ordem de importância.

Em Cascavel, somente no mês de novembro foram confirmadas 16 mortes de pessoas vítimas da Covid-19, totalizando 178 óbitos desde o início da pandemia. Até a última atualização, o número de casos confirmados pela Secretaria de Saúde de Cascavel era de 10.937. E, 112 mil, ou mais precisamente 112.181, foram os votos confirmados na urna no dia 15 de novembro que garantiram a reeleição estrondosa de Leonaldo Paranhos para continuar mais quatro anos como prefeito de Cascavel.

Poucas semanas antes da eleição, em meio a toda “correria” da disputa eleitoral, um decreto municipal autorizou a volta das “baladas”, desde que as medidas sanitárias fossem adotadas e cumpridas. A ação foi bem recebida por muita gente, mas também questionada, já que evitar aglomerações e movimentações desnecessárias é mais eficaz que o uso de máscaras ou os “isolamentos”. Coincidência ou não, na semana pós-eleição, a Secretaria de Saúde de Cascavel divulgou um alerta epidemiológico referente aos aumentos de casos do coronavírus.

Neste domingo (22), a notícia de que pacientes com sintomas característicos da Covid-19, buscando atendimento nas UPAs, junto com pessoas que buscavam atendimento diversos, deixam a unidade sem serem atendidos e continuam circulando normalmente pela cidade, disparou outro alerta contra o descaso e a negligência que pode piorar ainda mais a situação.

Em que pese cada cidadão ser responsável pelas suas ações e, diante da suspeita de estar com coronavírus além buscar a saúde pública, deve também adotar medidas de prevenção e precaução, o serviço público não pode deixar este fato se tornar corriqueiro.

Enquete feita pela CGN, com a pergunta “Você já passou por situação parecida ou conhece alguém que tenha passado?”, em relação a demora do atendimento as suspeitas de Covid-19, registrou que praticamente 90% já passou por essa situação ou conhece alguém que teve o mesmo problema.

Diante desta constatação, e com o aumento de casos que já era esperado com a movimentação das eleições municipais, é preciso que o COE (Comitê de Operações de Emergência) de Cascavel, que praticamente não se pronunciou nos últimos meses que incluiu o período da campanha eleitoral, precisa esclarecer e – ser for o caso – tranquilizar a opinião pública.

O prefeito reeleito também não fez mais ‘lives’ específicas sobre a pandemia, apesar de ter acelerado suas aparições nas redes sociais nas semanas que antecederam as eleições. O bom secretário de Saúde, Thiago Stefanello, continua trabalhando, mas notadamente, diminuiu o ritmo e o contato com a imprensa.

Somente reforçar orientações à população nas redes sociais e nos espaços cedidos pela imprensa local quase que transferindo a responsabilidade da proliferação do vírus ao cidadão sem dar contrapartida no atendimento que, reconheça-se, até surpreendeu na fase inicial da pandemia, não resolve a questão, mas piora.

Agora, sem dividir a atenção com a campanha eleitoral que lhe garantiu vitória no primeiro turno, o reeleito prefeito Leonaldo Paranhos precisa, com urgência, adotar a mesma postura inicial quando até fez do seu gabinete “home office”, onde se isolou para administrar a crise da pandemia.

A campanha passou, a eleição também, mas a crise e a pandemia ainda batem à nossa porta e é hora de mostrar que as 178 mortes pelo coronavírus são muito mais importantes que os 112 mil votos e que o cidadão/eleitor continua tendo a mesma importância e necessidade de ser atendido como tinha antes de 15 de novembro.

Cada um tem o dever de fazer a sua parte. A CGN continua fazendo a sua, ampliando o alerta, informando e cobrando!

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