Tatiane Laurindo: como está a investigação do feminicídio que chocou a região?
Delegacia pediu mais prazo para a conclusão do inquérito que já dura mais de um ano e meio...
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Por Mariana Lioto
Assassinada dentro da própria casa, aos 31 anos. A morte de Tatiane Laurindo ocorrida em janeiro de 2019, na cidade de Formosa do Oeste, segue sem punição.
A cidade é pequena, tem menos de 10 mil habitantes e a jovem era muito conhecida. Trabalhava no fórum e em uma sorveteria. Quem poderia querer vê-la morta? Qual a motivação? São perguntas que há mais de um ano e meio seguem sem resposta e o assassino segue solto.
Atualmente o inquérito está com o Ministério Público para avaliação do pedido de mais prazo. A delegada Amanda Macedo Ribeiro disse que a apuração segue em andamento, com mais de uma hipótese para o crime sendo levantado.
“Temos mais de uma possibilidade de motivação e mais de um suspeito. Muitas pessoas foram ouvidas e vamos precisar ouvir novamente algumas delas. O objetivo é ter provas fortes, capazes de demonstrar a autoria do crime. Se finalizarmos o inquérito com uma mera suspeita, pode acabar não havendo condenação no júri”, diz a delegada.
Ela preferiu não estimar um prazo para que a investigação seja concluída, mas garantiu que o caso não está encerrado, nem esquecido.
Um dos pontos levantados na investigação é que a jovem ficou até o final da madrugada conversando com um amigo pelo whatsapp, assim, é possível ter certeza que o crime ocorreu a partir do início da manhã. O corpo só foi encontrado à tarde. A casa não tinha sinais de arrombamento e ficava em uma área residencial. A polícia estranha o fato de as testemunhas dizerem que não ouviram nada pois pela condição do crime é provável que Tatiane tenha reagido para tentar sobreviver.
Se alguém tiver alguma informação que possa ajudar a polícia, ainda dá tempo de denunciar, mesmo que de maneira anônima, e ajudar para que este crime não fique impune.
A mãe de Tatiane, Faní Laurindo, viveu o horror de ver a filha morta com muita crueldade, cena que jamais vai esquecer. Ela segue acreditando que a Polícia conseguirá chegar a encontrar os envolvidos no crime.
“Eu tenho muita fé, espero muito em Deus. De primeiro eu chorava muito, não conseguia falar dela sem chorar. Com o passar dos meses eu rezei, entreguei para Deus. A dor ainda existe e eu continuo esperando que alguém denuncie, fale o que sabe para que haja justiça”, afirma.
A jovem deixou um filho pequeno e a comunidade chegou a fazer protestos pedido pela prisão do assassino.
Um dos telefones que permite denúncias anônimas é o 181.
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