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Imagem referente a Coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes lembra da importância de conversar com a família sobre doação de órgãos

Coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes lembra da importância de conversar com a família sobre doação de órgãos

O Paraná é líder na doação de órgãos no Brasil, mas para que os números permaneçam assim e cresçam, especialista fala ao programa Assembleia Entrevista, sobre uma mudança de cultura em relação à doação....

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Por CGN 2

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Imagem referente a Coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes lembra da importância de conversar com a família sobre doação de órgãos

A médica Arlene Terezinha Cagol Garcia Badoch, coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes no Paraná lembrou que, apesar das dificuldades em meio à pandemia causada pelo novo coronavírus, o Paraná se manteve líder em doações e transplantes de órgãos no Brasil neste primeiro semestre.

Os dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) mostram que o estado atingiu a marca de 44,1 doações de órgãos efetivas por milhão de população (PMP), ficando à frente dos demais estados brasileiros e muito acima da média nacional que fechou em 15,8 PMP.

Mas para que o Paraná chegasse a essa posição, nos últimos dez anos, precisou construir vários pilares e conta com uma sólida estrutura em 67 hospitais e quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPO). “Essa estrutura é formada por equipes multidisciplinares extremamente treinadas para a captação dos órgãos. Desde a identificação do doador, o diagnóstico de morte encefálica, as tratativas com as famílias dos doadores e a logística para fazer os órgãos chegarem aos pacientes dentro e fora do Paraná”, afirmou.

Setembro é o mês de conscientização da doação de órgãos.  A coordenadora disse que ainda existe a necessidade de uma mudança na cultura da sociedade, porque o processo de transplantes é relativamente novo na medicina, uma média de 30 anos e a doação tem que ser algo construído culturalmente. “Há 10 anos, por exemplo, no Paraná, 50% das famílias se recusavam a fazer a doação. Hoje esse número é de apenas 20%. O que é um grande avanço” O Paraná também é o estado com maior número de aceitação de doação, o que já representa uma mudança cultural na sociedade.

Para a Arlene, não adianta a pessoa deixar por escrito que é doador. Quem vai decidir sobre isso é a família. Por isso, sugeriu que se deixe claro essa vontade. “Se você deixar claro que é um doador, não haverá conflito após a sua morte, em relação à sua família, que vai atender a um pedido seu”.

A doação como um ato de generosidade, solidariedade foi uma expressão citada ao longo da entrevista. “Existem no Paraná, 2000 pessoas em média na fila do transplante esperando por um órgão. Essa é uma lista que não diminui, apenas mudam os personagens. Chamo a atenção para um outro número: nós temos quatro vezes mais chances de precisar de um órgão do que de precisar doar um órgão. Por isso, é tão importante que se mude a cultura da doação. Amanhã pode ser alguém da sua família nesta lista”.

A lista de 2000 pessoas está no registro do Paraná, porém, as informações são compartilhadas no Sistema Nacional de Transplantes. Os dados são compartilhados de forma informatizada. Tudo muito criterioso. O Sistema Estadual de Transplantes, além de ser responsável por todo o processo de doação, também é um órgão regulador, o que significa que ele atua na fiscalização, garantindo a lisura do processo.

Perfil do doador no Paraná – “O nosso doador aqui no estado tem mais de 40 anos, o que é muito bom. Significa que os jovens estão morrendo menos”, disse a médica. O lado que não é tão positivo nesse caso, é que as pessoas mais velhas têm mais doenças associadas. Quando a doação ocorre com uma pessoa jovem, vários órgãos são aproveitados, o que não é o caso de uma pessoa mais velha. “Mas o que importa é que nossa realidade é similar à de países da Europa. Estamos no caminho”, concluiu.

O programa Assembleia Entrevista com a médica Arlene Terezinha Cagol Garcia Badoch, coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes no Paraná, vai ao ar pela TV Assembleia nesta terça-feira (29), pelo canal 10.2 em tv aberta e 16 pela Claro/Net, e pelo canal do Youtube logo após a transmissão da sessão plenária, que tem início às 14h30.

As informações são da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná.

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