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Em lúcido artigo publicado dias atrás no Estadão, apropriadamente intitulado de “Jornalismo, a hora da reinvenção”, Carlos Alberto Di Franco identificou com notável clarividência as principais...

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Por Caio Gottlieb

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Quais os motivos que insuflam o desencanto dos brasileiros com a imprensa tradicional, especialmente com os veículos de projeção nacional, alvos constantes de manifestações de rejeição, repúdio e ódio de boa parte de seus leitores, ouvintes e telespectadores?

Em lúcido artigo publicado dias atrás no Estadão, apropriadamente intitulado de “Jornalismo, a hora da reinvenção”, Carlos Alberto Di Franco identificou com notável clarividência as principais razões que estão levando os grandes meios de comunicação ao descrédito, tirando-lhes o respeito e a representatividade que detinham junto à população e promovendo o crescente protagonismo das redes sociais como formadoras de opinião.

Com precisão cirúrgica, ele destaca que “a crise do jornalismo está ligada à falência da objetividade e ao avanço do subjetivismo engajado. Quase sem perceber, alguns jornais sucumbem à síndrome da opinião invasiva. Ganham traços de redes sociais. Falam por si mesmos, e não para sua audiência. Como disse João Pereira Coutinho, não são as redes sociais que matam os jornais, são eles próprios que se suicidam quando seguem o exemplo das redes”.

Indo ao âmago da questão, Di Franco ressalta didaticamente que “os consumidores de jornais mostram cansaço com o excesso de negativismo de nossas matérias. Trata-se de um fato percebido nas redes. Ao longo deste ano, alguns jornalistas da grande mídia, sobretudo na cobertura política, em nome de suposta independência, têm enveredado excessivamente pelo que eu chamaria de jornalismo de militância. E isso não é bom. Não fortalece a credibilidade e incomoda seus próprios leitores. Na verdade há um crescente distanciamento entre o que veem e reportam e o que se consolida paulatinamente como fatos ou percepções de suas próprias audiências, posto que a estas foi dado o poder de fazer suas reflexões e até mesmo apurações, facilitadas e potencializadas pela internet”.

Apesar de manter seu otimismo quanto ao futuro das empresas de comunicação, ele alerta: “Os jornais, frequentemente, têm o dever ético de dizer coisas que podem não agradar a seus leitores. Mas é preciso não perder conexão com as percepções do público. É necessário perceber, para o bem e para o mal, que perdemos a hegemonia da informação. Impõe-se um jornalismo menos anti e mais propositivo”.

Vale observar que embora o autor do texto tenha focado nos jornais, tudo o que ele escreveu se aplica igualmente, por extensão, a emissoras de TV e rádio.

Colunista e consultor do jornal “O Estado de São Paulo”, advogado e doutor em Comunicação pela Universidade de Navarra, Carlos Alberto Di Franco é um dos mais respeitados jornalistas do país.

Botou o dedo na ferida com absoluto e incontestável conhecimento de causa.

(Leia e compartilhe outras postagens acessando o site: caiogottlieb.jor.br)

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