Captura de onça não é cogitada; objetivo é que animal siga caminho pela mata

A CGN conversou nesta manhã com a chefe da regional do IAT (Instituto Água e Terra), Marlise da Cruz, sobre o acompanhamento ao caso de possível ataque de onça no Bairro XIV de Novembro, na região Sul de Cascavel.

O laudo emitido pelos especialistas do instituto confirmam que o cavalo encontrado no morto na terça-feira foi atacado por um grande felino, tudo indica uma onça pintada. Em outra região da cidade houve um registro de pegada de uma imagem que pode ser de uma onça parda. Pode então, haver duas onças.

Ela comenta que a reestruturação de corredores biológicos nas últimas décadas faz com que animais possam se deslocar por longas distâncias pelo estado. Normalmente em busca de comida.

“Existe conexão inclusive com o Parque Nacional do Iguaçu e estas áreas ao longo dos rios se tornaram caminho tranquilo. Sabemos que o prato preferido da onça pintada é a queixada, um porco do mato, e ela pode estar com dificuldade de encontrar e estar em busca de alimento”

Apesar da proximidade de residências, como o animal está em seu espaço natural não está previsto neste momento tentar fazer a captura.

“Vamos monitorar o caso. O objetivo é que o animal siga seu caminho naturalmente. Soltar foguete é uma forma de ajudar a afugentar de área urbana pois a onça não gosta de barulho”.

Ela destaca que não é comum que a onça ataque a humanos. Ela não vê nas pessoas uma fonte de alimentação e os ataques só são possíveis caso o animal se sinta ameaçado.

“A tendência é que o animal fique no espaço por algum tempo. Nossa preocupação é evitar qualquer risco à população. A onça não come gente, não fazemos parte da cadeia alimentar, mas o ataque depende da reação de cada ser humano”, diz Marlise.

Medidas de segurança: 
As pessoas devem evitar andar sozinhas, principalmente à noite;
Não deixar crianças sozinhas;
Deixar luzes acesas fora de casa;
Se possível, manter cães no próprio terreno.

Medidas de afugentamento: 
Soltar rojões no fim da tarde e começo da manhã;
Instalar sensores de presença (que acendem a luz) fora de casa e nos apriscos e currais (pois quando a onça passa a luz acende e assusta o animal);

Medidas em caso de encontro com o animal: 
Se estiver a pé: tentar manter a calma e se afastar lentamente. É importante não dar as costas ao animal e nem se abaixar, caso ele  comece a se aproximar é possível levantar os braços e fazer barulhos bem altos, para parecer maior e tentar assustar o animal.
Se estiver dentro de um veículo: basta fechar as janelas e esperar o animal ir embora sozinho. Se possível, tentar gravar um vídeo ou tirar fotos e repassar ao IAT, junto com a localização do avistamento.