Diplomata: caminhando para desfecho de processo, reunião é realizada

Quando a recuperação judicial do Grupo Diplomata foi aprovada, foi previsto que o processo duraria dois anos. Este prazo termina em 23 de fevereiro do ano que vem. Uma reunião foi realizada na tarde de hoje (2) para definir os encaminhamentos para este desfecho.  

Participaram da reunião os representantes das empresas devedores – o ex-deputado federal Alfredo Kaefer e Clarice Roman, os administradores judiciais e alguns advogados de credores.

A dívida das cinco empresas que entraram em recuperação era de R$ 750 milhões, mais cerca de R$ 1 bilhão em impostos em atraso. Foram definidos percentuais e prazos para pagamento de acordo com cada classe, alguns com prazo superior aos 24 meses. O encerramento da recuperação judicial, no entanto, ocorre para reduzir os custos.

O juiz Pedro Ivo Lins Moreira, no entanto, deixou claro que as obrigações assumidas no plano estão mantidas com as respectivas sanções em caso de descumprimento. Processos paralelos que estejam discutindo dívidas também seguem o trâmite normal.

As empresas em recuperação assumiram compromissos relacionados a apresentação de relatórios anuais e auditorias. Se tudo caminhar como previsto na reunião de hoje a sentença encerrando a recuperação deve ser publicada em abril de 2020.

Trabalhistas

As dívidas trabalhistas somavam R$ 27 milhões e o prazo para pagamento se esgotou em março. Até o momento se considera que o plano foi cumprido. Mais de mil trabalhadores que têm direito a receber não apresentaram o número da conta e ainda podem buscar receber sua parte.

Dívida

Há três meses foi publicada uma decisão judicial que criticou a existência de cerca de um grande valor em dívidas de Kaefer, Clarice e outras empresas do grupo para com a Diplomata. Na época foi questionada o fato de não haverem esforços para recompor o caixa, devolvendo os valores repassados indevidamente pela Diplomata. 

Hoje foi informado que R$ 20 milhões em dívidas referentes a Alfredo Kaefer e empresas ligadas a ele foram quitadas principalmente com dação de imóveis.

Copel

Um dos pontos que motivou a reunião de hoje foi a dívida das empresas com a Copel. Em maio as pendências chegavam a R$ 5 milhões. A Copel esteve na reunião dizendo que os pagamentos foram normalizados, mas alertou que tomará as medidas legais – inclusive com corte de fornecimento – se os pagamentos parcelados e de novas faturas não forem cumpridos.