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Editorial: Pantera Negra, o herói da representatividade

Se você está se perguntando sobre o motivo da comoção pela morte de Chadwick Boseman, esta leitura é especial para você....

Publicado em

Por Deyvid Alan

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Grande sucesso de bilheteria, faturando 426,6 milhões de dólares e superando clássicos da indústria cinematográfica, o filme Pantera Negra foi muito mais que isso.

Chadwick Boseman deu vida a um super herói que não apenas se destacou nas telas lutando contra o mal, ele representou a maioria da população que passou anos sem se enxergar e sem acreditar que um dia um negro faria um papel que não fosse de escravo nas telas do cinema e da TV.

Estamos falando sobre representatividade. Mas o que é isso?

Falar sobre representatividade é entender a situação de grupos que são considerados minorias sociais, mas que não são minorias em quantidade e sim em representação. Na prática é visto que tais pessoas não são representadas, da mesma forma que outras, em funções ou atividades de maior poder e prestígio social, como na política, na televisão, nas novelas, no cinema.

Nesse quesito, entre os diversos grupos minoritários e com pouca representatividade, destaco nesse texto o papel que artistas negros e outras figuras públicas negras, desempenham na diminuição do preconceito e do sentimento de não pertencimento.

A questão do racismo, longe de ser meramente subjetivo é estrutural e o filme Pantera Negra faz história ao apresentar protagonistas negros, bem como, trazer à luz, questões históricas e culturais dos povos africanos.

No contexto da mídia, sentir-se refletido, inserido, pertencente, ultrapassa questões de autoestima para esse grupo social e possibilita que ele seja capaz de criar novas perspectivas, a partir do momento que rompe com um esteriótipo criado e cultivado historicamente, em que o negro era limitado a papéis de desvalorização e marginalização.

Zumbi de Palmares, Martin Luther King, Dandara, Malcolm X, Nelson Mandela, figuras que fizeram história e lutaram muito para que hoje nomes como Barack Obama, Oprah Winfrey, Queen Latifah, Glória Maria, Maju Coutinho, Elza Soares, Bia Ferreira, Linn da Quebrada, Lázaro Ramos, Taís Araújo, Heraldo Pereira, Zileide Silva, dentre outros artistas, cantores, políticos, jornalistas e nomes conhecidos que apesar de ainda muito poucos, considerando a predominância negra no mundo, vem rompendo mais uma etapa de racismo e preconceito na sociedade, para que crianças da nova geração possam olhar para a tv e falar, “olha ele é da minha cor”, “ela tem o meu cabelo” e partir daí estabelecerem novas crenças.

Chadwick Boseman deixa um legado incrível que atravessará gerações como o homem negro, ator, que interpretou aquele herói que não vive apenas dentro de uma tela de cinema, mas o herói que por meio da sua luta, permite que pessoas reais se reconheçam e encontrem o seu verdadeiro papel na sociedade: o de poder ser e se sentirem iguais.

Todo o exposto nesse texto, parte da constituição subjetiva de um sujeito não pertencente a este lugar de fala, o que não o impede de lutar contra o racismo e querer que todos tenham o direito à representatividade. Sob uma ótica mais aprofundada, vários aspectos precisariam ser abordados, como por exemplo, a questão de nomenclaturas e definições utilizadas.

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