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Imagem referente a Pandemia pode acelerar inovações para consumo sustentável, avaliam cientistas

Pandemia pode acelerar inovações para consumo sustentável, avaliam cientistas

Estudo reflete sobre como esforço conjunto no combate ao vírus reaquece práticas de reaproveitamento de materiais....

Publicado em

Por Deyvid Alan

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Imagem referente a Pandemia pode acelerar inovações para consumo sustentável, avaliam cientistas

O abalo provocado pelo novo coronavírus na economia brasileira rompe com os avanços previstos antes da pandemia. Com a crise, a urgência em se reerguer pode alavancar práticas como o reaproveitamento de materiais para evitar gastos desnecessários. Um estudo da Universidade Federal do Paraná (UFPR) sugere que a produção de máscaras de tecido é um dos exemplos de uma redefinição dos ciclos de produção tradicionais. O trabalho foi publicado na revista Brazilian Journal of Health Review.

Há um ano, Aline Simonato produz roupas autorais em seu ateliê, em Curitiba. Após um mês sem vender nenhuma peça, os retalhos de tecido agora dão origem às máscaras que garantem a renda durante a crise. “Os retalhos não serviam para fazer uma peça completa. Comecei produzindo algumas unidades para ONGs que arrecadam dinheiro para animais em abrigos”, conta Aline, que divulga os produtos feitos com material reaproveitado em um perfil no Instagram.

O movimento feito pela microempreendedora se enquadra na chamada economia circular, que se caracteriza por um consumo sustentável que rompe com o ciclo de produção em massa. Pautado no consumo reduzido, esse modelo adota medidas como a recuperação e a reutilização de materiais.

O trabalho de pesquisadores da UFPR mostra que apesar de a economia circular ainda estar longe de ser realidade no mundo todo, seja por políticas que barram sua aplicação ou pelo desinteresse de organizações industriais em adotar novos modelos de produção, o cenário de crise causado pela Covid-19 pode acelerar inovações no setor.

“A adoção da economia circular depende de atores públicos, privados, da sociedade civil organizada, entre outros. A pandemia tem mostrado o que há de melhor em nós: nossa humanidade e natureza em querer ajudar o próximo”, contextualiza o professor Harrison Corrêa, do Departamento de Engenharia Mecânica da UFPR, um dos autores do estudo.

Inspirada em uma produção independente, Aline avalia as vantagens do uso de tecido para a confecção de máscaras. “Uma máscara de tecido pode durar meses, enquanto a descartável dura no máximo alguns dias. Acredito que as máscaras de tecido contribuem para um consumo mais consciente”, explica.

Apesar do uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) verificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ser obrigatório nos ambientes hospitalares, as máscaras de tecido são uma solução rápida e acessível para quem não é profissional de saúde, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). “Não são, obviamente, itens para ambientes altamente contagiosos. Mas que procuram atender aos requisitos da OMS para usuários que não sejam profissionais de saúde”, explica o professor Harrison.

Fonte: Superintendência de Comunicação Social  UFPR

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