CGN
Acesse aqui o Discover e busque as mais lidas por mês!
Imagem referente a Cascavelense enfrenta dificuldades para obter medicação de mãe esquizofrênica durante recesso

Cascavelense enfrenta dificuldades para obter medicação de mãe esquizofrênica durante recesso

Com a suspensão temporária dos atendimentos nesses órgãos, Priscila buscou auxílio na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Apesar de a situação não se enquadrar,...

Publicado em

Por Fábio Wronski

Publicidade

Na manhã desta terça-feira (30), Priscila, moradora de Cascavel, procurou a equipe da CGN para relatar as dificuldades enfrentadas no acesso à medicação de sua mãe, diagnosticada com esquizofrenia. De acordo com Priscila, a mãe necessita de medicamentos diários para controle dos sintomas da doença, porém, devido ao recesso de final de ano, os postos de saúde dos bairros e o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) estão fechados.

Com a suspensão temporária dos atendimentos nesses órgãos, Priscila buscou auxílio na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Apesar de a situação não se enquadrar, a princípio, como urgência médica, a impossibilidade de renovar a receita da medicação tornou o caso mais grave.

Em entrevista à reportagem, Priscila detalhou a rotina de acompanhamento da mãe no CAPS e a necessidade de renovação periódica da receita médica. “A minha mãe faz acompanhamento no CAPS, ela tem esquizofrenia, desenvolveu faz alguns anos e agora nós temos uma consulta marcada para abril. Então é um acompanhamento que eu sempre entro em contato com o posto de saúde e eles pedem para o médico renovar a receita dela”, relatou.

Segundo Priscila, nesta semana, tanto o posto de saúde quanto o CAPS estão fechados. “Eu vim aqui ontem, falei com a assistente social, ela pediu para que eu voltasse hoje com a minha mãe pela parte da manhã para que o médico, ela entrasse em contato com o médico, ela passasse por uma consulta e solicitasse essa receita. Já que a minha mãe já ficou internada aqui, eles têm tudo no prontuário dela até essa medicação que hoje ela se encontra sem”, explicou.

Após passar pela triagem e pela consulta, Priscila foi informada pelo médico da UPA de que não seria possível emitir a receita do medicamento necessário, por se tratar de um remédio de uso contínuo e controlado. “Ele falou que ele sente muito, mas ele como médico não pode fazer a solicitação desse remédio. Essa medicação que ela toma, o que o governo dá, no caso, seria o respiridona, e esse remédio faz muito mal para ela. Então a gente passa sempre uma receita do Aristabe, que é um medicamento parecido, que eu sempre compro. Além de eu comprar essa medicação que o SUS não me fornece, três medicações que sempre ela toma, eu compro todo mês, e ele falou para mim que mesmo assim ele não poderia fornecer essa receita”, afirmou.

Priscila destacou que, diante do fechamento dos órgãos de saúde, não há alternativas para obter a prescrição da medicação. “Não existe hoje um outro órgão que eu possa recorrer para pedir essas receitas, porque o posto de saúde está de férias coletivas, está fechado, e o CAPS também. […] Eu fui até esses órgãos também, não tem ninguém lá, e ela vai ter que ficar. […] Para mim é aguardar a semana que vem, entrar em contato com os postos de saúde e com os órgãos responsáveis”, lamentou.

Sem conseguir a receita na rede pública, Priscila afirmou que busca agora uma consulta particular com psiquiatra, o que representa um desafio financeiro. “Pra conseguir uma consulta com psiquiatra hoje, além de difícil, é caro, sabe? […] Não custa menos hoje que um psiquiatra de 700 reais, sabe? E ainda achar que vai atender de um dia pra outro”, relatou, ressaltando que a mãe possui histórico de internação na UPA e que toda a medicação já consta em seu prontuário.

Priscila criticou a falta de empatia e de atenção no atendimento, considerando a situação da mãe, idosa e portadora de esquizofrenia. “Era só fazer uma receita, eu ia pra casa com ela, comprava a medicação e pronto, sabe? Agora, pra quê, sabe? Eu vejo, assim, a falta de empatia, a falta de respeito com o ser humano, sabe? […] Isso é muito triste, é uma falta de respeito com o ser humano, sabe? Com uma senhora, sabe?”, desabafou.

Veja Mais

Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação

Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.


Participe do nosso grupo no Whatsapp

ou

Participe do nosso canal no Telegram

AVISO
agora
Plantão CGN