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Corinthians fatura alto com título, mas dívida bilionária impõe cenário desafiador para 2026

Três dias antes da final, o Corinthians divulgou um balancete indicando um déficit de R$ 204,2 milhões até outubro. A previsão orçamentária para 2026, aprovada pelo...

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Por Agência Estado

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O título da Copa do Brasil deu um respiro aos cofres do Corinthians, que arrecadou um total de R$ 97,8 milhões em premiação pela conquista da taça e vai disputar a Copa Libertadores em 2026. Apesar da bolada, a dívida de aproximadamente R$ 2,7 bilhões impõe um cenário desafiador para o clube na próxima temporada, com previsão de cortes e enxugamento da folha salarial.

Três dias antes da final, o Corinthians divulgou um balancete indicando um déficit de R$ 204,2 milhões até outubro. A previsão orçamentária para 2026, aprovada pelo Conselho Deliberativo no início da semana, projeta o clube fechando o ano no azul, com superávit de R$ 12 milhões e Ebitda de R$ 320 milhões.

Os problemas financeiros do Corinthians esbarram no planejamento do departamento de futebol. O clube sofreu transfer ban da Fifa em razão da dívida de R$ 33 milhões com o Santos Laguna pela compra do zagueiro Félix Torres. A entidade máxima do futebol também impôs outras condenações pela falta de pagamento na contratação de jogadores e o valor a ser pago chega a R$ 120 milhões.

O Corinthians estuda a melhor maneira de encerrar a dívida com a Fifa. A diretoria está decidida em fazer um empréstimo na casa de R$ 70 milhões ao fim do ano para findar a dívida por Félix Torres e voltar a ficar livre para registrar atletas. É grande a possibilidade de a quantia ser adquirida junto à Liga Forte União (LFU), mas a cúpula alvinegra conversa com outras duas empresas que poderiam pagar o valor de maneira imediata, permitindo ao clube ressarcir a quantia parceladamente.

Outra negociação em curso é a renovação com a Esportes da Sorte como patrocinadora máster. O clube está muito perto de assinar a extensão do vínculo até 2029, com valores de aproximadamente R$ 150 milhões anuais. O Estadão apurou que a diretoria ainda não assinou porque vem recebendo sondagens do mercado das casas de aposta por valores que seriam ligeiramente melhores, mas ainda não há definição e a atual parceira continua como favorita na disputa.

Outro objetivo do Corinthians é negociar os naming rights da Neo Química Arena por um valor três vezes maior que o atual acordo com a Hypera Pharma. O contrato, assinado em 2020, firmou o aporte em aproximadamente R$ 300 milhões até 2040, data do fim do vínculo. A diretoria foi procurada por três empresas diferentes interessadas em fechar um acordo. Os nomes são mantidos em sigilo para não atrapalhar as negociações.

Recentemente, o Estadão publicou que o Corinthians e a Caixa estão fazendo estudos conjuntos para entender se é possível levar adiante a ideia de quitar, por meio da negociação de naming rights, a dívida de R$ 653,1 milhões que o clube mantém com o banco pelo financiamento da arena corintiana. Juntos, pediram um valuation – processo que determina o valor financeiro de uma empresa, ativo ou investimento – tanto do estádio quanto dos naming rights, que hoje pertencem à Neo Química, marca da Hypera Pharma.

CORTE DE CUSTOS COM O FUTEBOL
Mesmo com a classificação para a Libertadores, o Corinthians tem uma previsão de enxugar custos com o futebol para 2026. O objetivo é diminuir de R$ 435 milhões para R$ 354 milhões, queda de R$ 81 milhões, os gastos com folha atual (direitos de imagem, encargos e benefícios). Somado a outros custos, como despesas com serviços e jogos, o corte total no futebol chegaria a R$ 90 milhões.

Ao incluir a folha de pagamento geral, com a inclusão de outros setores do clube, a redução prevista se mantém na mesma porcentagem: de R$ 505 milhões para R$ 410 milhões. Em busca de soluções para reduzir custos, o presidente Osmar Stábile tem mirado cortes no clube social e chegou até a cogitar a acabar com modalidades como o futsal, mas recuou após a repercussão negativa.

O Corinthians também estabeleceu uma meta de arrecadar R$ 151 milhões com a venda de jogadores. Alguns atletas da base, como o meia Breno Bidon e o atacante Gui Negão, são observados por clubes da Europa e podem ser negociados. O goleiro Hugo Souza e o atacante Yuri Alberto também podem receber propostas de times do Velho Continente. Ainda há dúvida sobre a continuidade do executivo de futebol Fabinho Soldado, que desperta o interesse do Internacional.

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