
Pichação filosófica chama atenção no Centro de Cascavel e vira “debate existencial”
Entre buzinas, vitrines e passos apressados, a mensagem virou assunto. Teve quem riu, quem pensou, quem fotografou e quem respondeu mentalmente. Afinal, não é todo dia...
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Por Diego Cavalcante

Quem passa pela Rua Paraná, no Centro de Cascavel, precisa reduzir o passo, não por causa do trânsito, mas para refletir. Um muro está pichado com a frase: “Se você tem medo do amor, você tem coragem de quê?” E pronto: bastou isso para transformar o local em um inesperado ponto de debate existencial.
Entre buzinas, vitrines e passos apressados, a mensagem virou assunto. Teve quem riu, quem pensou, quem fotografou e quem respondeu mentalmente. Afinal, não é todo dia que um muro resolve questionar a bravura emocional da cidade logo cedo.
No debate interno aqui da redação, a “obra” ganhou interpretações dignas de sarau:
- “Não tenho medo do amor, só do boleto.”
- “Coragem eu tenho… o problema é o emocional.”
- “Se amar dói, imagina não tentar.”
- “O pichador não trouxe tinta, trouxe reflexão.”
Para alguns, foi poesia urbana; para outros, filosofia de rua em spray. O autor, ainda desconhecido, conseguiu o que muitos poetas tentam por anos: atenção do público, mesmo sem livro, palco ou microfone, apenas um muro como página em branco.
Apesar do tom bem-humorado e do debate que a frase provocou, vale lembrar: pichar muro é crime, conforme a legislação brasileira, podendo resultar em multa e outras penalidades. Poesia é livre, mas o espaço urbano tem regras — e nem todo muro quer virar livro.
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