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Mounjaro receitado a jogadores do São Paulo não era autorizado pela Anvisa e custa R$ 5,6 mil

De acordo com o Uol, o fornecedor indicado pelo profissional vendia Mounjaro importado, o que é proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso,...

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Por Agência Estado

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O médico Eduardo Rauen indicou um fornecedor irregular do medicamento Mounjaro, utilizado para emagrecimento, a jogadores do São Paulo, conforme revelado por reportagem do Uol nesta terça-feira, 12. A parceria entre Rauen e o clube envolve o TecFut, centro de tecnologia e ciência no futebol administrado pelo médico e sua equipe no CT da Barra Funda.

De acordo com o Uol, o fornecedor indicado pelo profissional vendia Mounjaro importado, o que é proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, trata-se de uma pessoa física, outra prática proibida pelo órgão.

O vendedor pede R$ 5.599 por unidade, acima do valor do mercado, que varia de R$ 1.523,06 a R$ 4.067,81, a depender do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) em cada Estado, da dose e da quantidade de canetas para aplicação por embalagem.

Dois atletas do São Paulo usaram Mounjaro (caneta emagrecedora) durante a temporada que terminou neste mês. Antes de vir à tona a informação sobre o fornecedor, o clube se posicionou publicamente, reiterando que agiu dentro das normas exigidas. Em nota, ainda argumentou que não há como relacionar o caso de dois jogadores com o elevado número de lesões que marcaram o ano de 2025. Com a suspeita sobre a origem do medicamento, a diretoria são-paulina decidiu abrir uma apuração interna.

Ao Uol, Rauen disse que não vai fazer novas manifestações sobre o assunto. “Minha atuação se limita à avaliação clínica, diagnóstico e tratamento. Já me manifestei publicamente acerca do medicamento Mounjaro, com o objetivo de informar e esclarecer a situação clínica e a natureza estritamente médica da indicação. Demais informações de cunho médico somente podem ser prestadas dentro dos limites éticos e legais, respeitando o dever de sigilo profissional”.

Medicamentos como Mounjaro se popularizaram nos últimos meses. Originalmente utilizado para o tratamento de diabete tipo-2, já que compensa a falta de insulina, a caneta se tornou conhecida pelo efeito “emagrecedor”.

No caso do Mounjaro, a prescrição é regulamentada no Brasil desde setembro de 2023, mas apenas em junho de 2025 que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso para emagrecimento. Até então, a prática era off-label (fora da indicação da bula).

Entretanto, isso é limitado a casos em que o Índice de Massa Corporal (IMC) é igual ou superior a 27 kg/m² e haja pelo menos uma condição de saúde relacionada ao peso. Mais recentemente, a agência também validou o uso para tratar apneia obstrutiva do sono.

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