
Perícia high-tech: Polícia Científica do Paraná turbina combate a golpes virtuais
Atualmente, praticamente toda ocorrência policial envolve algum elemento tecnológico, desde mensagens de aplicativos, arquivos enviados, registros de navegação até dados armazenados em celulares e computadores. Cada...
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Por Redação

O avanço de golpes, perfis falsos e crimes cometidos por meios digitais provocou um expressivo aumento na demanda por perícia tecnológica no Paraná. Para responder a esse novo cenário, a Polícia Científica do Estado reforçou sua estrutura e triplicou a capacidade de análise de vestígios digitais nos últimos anos, consolidando-se como elemento fundamental nas investigações criminais.
Atualmente, praticamente toda ocorrência policial envolve algum elemento tecnológico, desde mensagens de aplicativos, arquivos enviados, registros de navegação até dados armazenados em celulares e computadores. Cada interação deixa rastros, mesmo quando o usuário tenta apagá-los, e é nesse universo de evidências digitais que os peritos atuam para apoiar delegados, promotores e juízes.
O trabalho da corporação abrange a recuperação de arquivos excluídos, interpretação de conversas, análise de metadados, verificação de autenticidade de conteúdo e reconstrução da cronologia dos fatos. Todos os procedimentos seguem métodos científicos e protocolos que asseguram a integridade e a validade jurídica das provas.
O reforço estrutural da Polícia Científica é recente. Em 2018, o Paraná contava com apenas sete peritos de computação e quatro especialistas em audiovisual. Atualmente, são 34 profissionais nas duas áreas, além de um novo curso de formação em andamento. Com equipe ampliada e processos automatizados, a Seção de Computação Forense aumentou de uma média de 159 peças periciadas por mês em 2018 para 453 peças mensais entre janeiro e setembro deste ano.
Segundo Henrique Galperin, chefe da Seção de Computação da Polícia Científica do Paraná, os celulares representam a maior parte do material enviado para análise.
- “Hoje os meios digitais aparecem em praticamente qualquer investigação, especialmente em conversas de aplicativos. A maioria dos materiais que chega aos nossos laboratórios é de celulares; em segundo lugar vêm computadores, HDs, notebooks e pen drives”, detalhou.
Galperin explicou também o processo técnico: o aparelho é carregado, reparado se necessário, desbloqueado e tem seus dados totalmente extraídos. Em seguida, softwares forenses processam as informações e traduzem o conteúdo para um formato compreensível, que é analisado pelos peritos antes da elaboração do laudo final.
Além dos desafios técnicos, como o crescente grau de complexidade nos sistemas de segurança dos smartphones, a equipe acompanha a evolução das ferramentas disponíveis. Tecnologias de inteligência artificial já auxiliam em transcrições de áudio e identificação automática de conteúdos criminosos em imagens e vídeos, acelerando etapas e garantindo maior precisão na apuração.
A ampliação da capacidade operacional reforça o papel estratégico da Polícia Científica na elucidação de crimes e na produção de provas digitais confiáveis, contribuindo diretamente para investigações mais completas e eficientes em todo o Estado.


Informações: PR.GOV.BR – PCI/PR
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