E-Prix de São Paulo tem treino cancelado, capotamento e boa estreia de brasileiro

Com a primeira parte da classificação morna, a expectativa dos fãs crescia com a chegada dos representantes brasileiros. Porém, a animação foi interrompida pela leve batida...

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Por Agência Estado

A Fórmula E desembarcou em São Paulo, no Complexo do Anhembi, neste final de semana para a abertura da temporada de 2025/26. O E-Prix teve começo moroso, com o cancelamento do primeiro Treino Livre, mas a corrida foi repleta de contatos e um acidente impressionante, com o capotamento de Josep Martí. Jake Dennis, da equipe Andretti, levou a vitória após a corrida ser paralisada nas voltas finais pelo grave acidente. Felipe Drugovich terminou em quinto e Lucas di Grassi abandonou a prova.

Com a primeira parte da classificação morna, a expectativa dos fãs crescia com a chegada dos representantes brasileiros. Porém, a animação foi interrompida pela leve batida de Drugovich em uma das curvas. O paranaense teve um bom primeiro setor, mas o contato com o limite do circuito resultou em uma bandeira vermelha, e Felipe teve de finalizar sua sessão mais cedo do que esperado.

Di Grassi também sofreu com a pilotagem, o veterano foi filmado questionando fortemente sua equipe após a etapa. Ambos os brasileiros largaram da parte final do grid, Lucas ficou em 19º e Drugo em 17º. Em contrapartida, o parceiro de Felipe na Andretti conquistou a pole position.

LARGADA COMPLICADA E BATIDA NA BANDEIRA AMARELA
Com a largada marcada pela confusão e um desvio de Nick De Vries, da Mahindra, e seu companheiro de equipe, Edorado Mortara, a corrida foi disputada. Durante as 30 voltas, a briga pelas primeiras posições permaneceu acirrada. No fim, Dennis garantiu o primeiro lugar, seguido por Rowland e Wehrlein.

Nos momentos finais antes que a bandeira vermelha na volta 27 paralisasse a disputa, Josep Martí acabou capotando durante as indicações da bandeira amarela. Os carros da frente diminuíram a velocidade, e o espanhol bateu os pneus dianteiros nos traseiros de dois adversários, o que fez o carro decolar e se despedaçar na pista. Mesmo com a batida, a direção de prova decidiu recomeçar a prova com os pilotos seguindo o safety car.

Entrando nas dez voltas finais, um contato entre Di Grassi e Mortara também gerou uma bandeira amarela. Ambos não conseguiram terminar a prova. Este é o segundo ano seguido que o brasileiro não consegue finalizar a prova em casa.

Dan Ticktum, que largou da segunda posição, foi a decepção da prova. Ele teve problemas no começo da prova e logo abandonou.

SÁBADO DE CALOR E ASSENTOS DISPONÍVEIS EM SP
Embora a animação para a estreia de Drugovich e o retorno de Di Grassi à capital paulista fosse grande, as arquibancadas do Sambódromo não atingiram capacidade máxima de público. O paddock contou com ativações, com brinquedos e campanhas envolvendo os fãs, lojas oficiais da categoria, brindes, simulação de pódio e shows diversos.

Diferentemente da Fórmula 1, a categoria 100% elétrica ocorre em uma área reduzida – localizada no Sambódromo do Anhembi, na zona norte da capital paulista. O espaço menor faz com que o paddock esteja mais próximo às arquibancadas, aproximando os torcedores, pilotos e equipes.

SÃO PAULO OU RIO DE JANEIRO?
Com a construção de um novo autódromo no Rio de Janeiro e a possibilidade das categorias automobilísticas migrarem para o Estado vizinho, Gustavo Pires, presidente da SPTuris, e Alberto Longo, cofundador da FE negaram que a categoria possa deixar a capital paulista nos próximos anos.

“A Fórmula 1 e a Fórmula E continuam aqui. O Rio de Janeiro fazendo ou não o autódromo, estamos muito tranquilos sobre essa questão. Interlagos é um dos templos do automobilismo mundial e não há outra cidade na América do Sul que possa tirar as corridas daqui. Independente da conexão com o automobilismo ou não, os dois eventos movimentam demais a nossa economia e geram muito emprego”, disse Pires em entrevista ao Estadão.

“Há mais de 800 milhões de fãs de automobilismo no mundo. Há 8 bilhões de pessoas na Terra, então é uma grande oportunidade para que nós continuemos atraindo torcedores que, talvez, nunca estiveram envolvidos no esporte. É isso que queremos fazer aqui. Já temos 12 milhões de fãs no Brasil e queremos continuar crescendo esse número. Nossa lealdade permanece intacta com essa fantástica cidade que nos acolheu há 4 anos”, completou Longo.

A BUSCA PELA DIVERSIDADE NA MODALIDADE
Questionados sobre o crescimento do público feminino, ambos representantes celebraram o aumento da torcedoras e a presença dessa parcela nos eventos oficiais do esporte.

“Como mencionei antes, nós temos 12 milhões de fãs aqui em São Paulo e 51% são mulheres. Esse é um cenário absolutamente impossível de se pensar há cinco anos atrás, temos mais fãs femininas no Brasil do que homens. É definitivamente um prazer e uma honra ser capaz de receber todas essas torcedoras”, disse o cofundador em entrevista coletiva.

Longo finalizou afirmando que a categoria espera expandir essa diversidade e receber mulheres no comando dos carros elétricos nos próximos anos. Atualmente, a Fórmula E apoia o programa “Girls on Track”, promovendo eventos anuais em parceria com seus atletas, mas ainda não há registro de nenhuma mulher como piloto oficial.

“Para mim, é muito claro. Se elas forem competitivas, elas estarão aqui. Eu não vejo nenhum motivo para esconder alguém que merece estar no grid. Estou positivo de que nós teremos mulheres dirigindo muito em breve para a Fórmula E, mas o primeiro, e o mais importante, é que elas sejam competitivas”, declarou Longo.

Os titulares da Fórmula E voltam às pistas no final de semana do dia 10 de janeiro de 2026, com o E-Prix da Cidade do México, na capital do México. Posteriormente, a briga pelo campeonato seguirá com as provas em Miami, nos Estados Unidos, e em Jeddah, na Arábia Saudita. A temporada de 2025/26 contará com 17 corridas e a grande final será disputada em Londres, Inglaterra, em agosto.

CONFIRA O RESULTADO FINAL DO E-PRIX DE SÃO PAULO
1º – Jake Dennis (GBR/Andretti), em 59min23s013
2º – Oliver Rowland (GBR/Nissan), a 1s349
3º – Nick Cassidy (NZE/Citroën), a 1s875
4º – Pascal Wehrlein (ALE/Porsche), a 2s449
5º – Felipe Drugovich (BRA/Andretti), a 3s187
6º – Nico Müller (SUI/Porsche), a 3s775
7º – Max Günther (ALE/Penske), a 4s436
8º – Joel Eriksson (SUE/Envision), a 4s832
9º – Sebastien Buemi (SUI/Envision), a 5s269
10º – Nick de Vries (HOL/Mahindra), a 5s370
11º – Zane Maloney (BAR/Lola Yamaha), a 6s095
12º – António Félix da Costa (POR/Jaguar), a 6s581
13º – Taylor Barnard (GRB/Penske), a 1 volta

Não concluíram: Pepe Martí (ESP/Cupra), Jean-Éric Vergne (FRA/Citroën), Lucas Di Grassi (BRA/Lola Yamaha), Edoardo Mortara (SUI/Mahindra), Norman Nato (FRA/Nissan) e Dan Ticktum (GBR/Cupra)

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