“Tememos pela saúde”: Moradores do Parque Verde fazem abaixo-assinado contra torre de celular sem liberação da Prefeitura

Moradores do bairro Parque Verde, em Cascavel, reclamam da construção de uma torre de telefonia celular no bairro. Na tarde desta sexta-feira (5), eles iniciaram um abaixo-assinado endereçado à Secretaria de Meio Ambiente de Cascavel para interromper e impedir a construção.

Eles temem possíveis efeitos nocivos ao meio ambiente, à saúde e a à segurança dos moradores.

A Lucivani Chaves, mora no bairro há 24 anos. A torre fica bem ao lado da casa dela, na Rua Itaúba. Ela concedeu entrevista à CGN questionando os órgãos competentes sobre o que diz a lei e revelando o medo da radiação causar algum risco à saúde.

Em nota, a Prefeitura de Cascavel informou que a empresa de telefonia ainda não tem o alvará ambiental e que, diante da denúncia dos moradores, notificará os responsáveis. Veja o texto na íntegra:

“O Município informa que a empresa responsável pela instalação da antena localizada na Rua Itauba, no bairro Parque Verde, ainda não possui alvará de construção.

Existe um protocolo de solicitação de alvará (nº 5845-25-CVL-CPA), que está em análise técnica pelos setores competentes. Somente após a conclusão dessa análise e o atendimento de todas as exigências legais é que poderá ser concedida ou não a autorização para a obra.

A empresa já apresentou certidão de uso do solo, documento que confirma que a atividade é permitida naquela região, e também obteve a liberação do Comando da Aeronáutica (COMAER), necessária para estruturas dessa natureza. Contudo, a licença ambiental, etapa obrigatória do processo, ainda não foi concluída.

A Prefeitura reforça que, diante da denúncia recebida, a fiscalização estará no local ainda hoje para verificar a situação e notificar os responsáveis, garantindo que nenhuma atividade avance sem a devida autorização.

Sobre a preocupação dos moradores, o Município destaca que nenhuma instalação será autorizada sem o cumprimento integral das normas federais, estaduais e municipais, incluindo as diretrizes de segurança, meio ambiente e saúde pública.

A exposição a radiofrequências no Brasil é regulamentada por órgãos como a Anatel e o Ministério da Saúde, que estabelecem limites rigorosos para a proteção da população.

A Prefeitura seguirá acompanhando o caso para assegurar o total cumprimento da legislação.”