BC da Índia corta juro básico para 5,25% para impulsionar economia

“O equilíbrio entre crescimento e inflação, especialmente a perspectiva benigna de inflação tanto no índice geral quanto no núcleo, continua a fornecer espaço para apoiar o...

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Por Agência Estado

O banco central da Índia cortou sua taxa básica de juros, interrompendo uma sequência de duas reuniões sem mudanças, uma vez que a inflação em queda criou espaço para dar mais apoio à economia contra riscos tarifários. O Banco da Reserva da Índia (RBI, pela sigla em inglês) votou unanimemente nesta sexta-feira, 5, pela redução de sua taxa de recompra em 25 pontos-base, de 5,50% para 5,25%. O RBI também decidiu manter sua postura de política monetária neutra.

“O equilíbrio entre crescimento e inflação, especialmente a perspectiva benigna de inflação tanto no índice geral quanto no núcleo, continua a fornecer espaço para apoiar o impulso de crescimento”, disse o presidente do RBI, Sanjay Malhotra.

A maioria dos economistas consultados pelo The Wall Street Journal esperava que o RBI retomasse o afrouxamento, apesar de a economia da Índia ter superado as expectativas no último trimestre.

Isso se deve em grande parte ao fato de que, enquanto muitos países fecharam acordos comerciais com o governo Trump, a Índia ainda não conseguiu chegar a um acerto com os EUA. Trata-se de uma situação que coloca a terceira maior economia da Ásia em desvantagem, visto que seus exportadores enfrentam pesadas tarifas de 50% – bem acima das impostas a outros países.

“O crescimento, embora permaneça resiliente, deve suavizar um pouco”, disse Malhotra.

“As incertezas externas continuam a representar riscos de queda para a perspectiva, ao passo que a conclusão rápida de várias negociações comerciais e de investimento em andamento apresenta potencial de alta”, afirmou Malhotra. As exportações de serviços provavelmente permanecerão fortes, mas as exportações de mercadorias enfrentam alguns obstáculos, acrescentou.

No âmbito doméstico, o RBI espera que fatores como a inflação benigna e o impacto contínuo da racionalização do imposto sobre bens e serviços apoiem a atividade econômica.

O RBI elevou sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto real para este ano fiscal, que termina em março, para 7,3%, de 6,8% anteriormente. Também reduziu sua previsão de inflação ao consumidor para o ano, de 2,6% para 2%.

Se o impacto das tarifas dos EUA prejudicar o crescimento de forma significativa, o RBI poderá ser obrigado a agir novamente, segundo analistas.

A rupia, que tem atingido novas mínimas em relação ao dólar em parte devido a preocupações tarifárias, operava em 89,87 por dólar logo após a decisão. Nesta semana, a rupia cruzou o nível psicologicamente importante de 90 por dólar.

O RBI anunciou também que comprará títulos no valor de 1 trilhão de rupias, o equivalente a US$ 11,13 bilhões, e realizará uma operação de swap de três anos, no valor de US$ 5 bilhões, este mês para injetar liquidez duradoura no sistema.

O RBI poderá voltar a cortar o juro básico em 25 pontos-base em fevereiro, visto que a inflação deve permanecer contida e o crescimento deve esfriar no curto prazo à medida em meio aos efeitos das tarifas dos EUA, avalia a Capital Economics.

“Embora a inflação deva subir ao longo do próximo ano, à medida que os efeitos de base se tornem menos favoráveis, achamos que um retorno à meta é improvável antes do final de 2026, a menos que ocorra um choque de oferta agrícola”, diz a consultoria britânica, em nota a clientes. Fonte: Dow Jones Newswires.

Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

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