
Máfia do haxixe movimenta R$ 513 milhões e é alvo de megaoperação no Paraná
O objetivo da operação é desarticular o núcleo de comando financeiro e logístico da organização, interrompendo rotas de abastecimento de drogas que conectavam o Paraná a...
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Por Fábio Wronski

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) realiza, na manhã desta terça-feira (2), uma operação de grande porte para cumprir 82 mandados judiciais contra uma organização criminosa estruturada em Curitiba e responsável por operações interestaduais de tráfico de drogas e armas. O grupo possui ramificações em diversas regiões do país. A ação é um desdobramento da maior apreensão de haxixe já registrada no Estado e ocorre simultaneamente em Curitiba e em Itapema, no litoral de Santa Catarina.
O objetivo da operação é desarticular o núcleo de comando financeiro e logístico da organização, interrompendo rotas de abastecimento de drogas que conectavam o Paraná a outros estados da federação. Para aumentar a eficácia das buscas, os policiais civis contam com o apoio de um helicóptero da PCPR e cães de faro especializados.
Ao todo, serão cumpridos 15 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão, além de 28 ordens de bloqueio de veículos e 14 bloqueios de contas bancárias vinculadas aos investigados.
Durante as investigações, a PCPR comprovou que o grupo criminoso, com base nos bairros Pinheirinho, Cidade Industrial e Tatuquara, em Curitiba, mantinha uma ampla rede logística para o transporte regular de grandes carregamentos de entorpecentes e armamentos de grosso calibre. O esquema possuía estrutura empresarial, praticava lavagem de dinheiro, ocultação patrimonial e movimentou mais de R$ 513 milhões em operações suspeitas, utilizando empresas de fachada com sedes formalmente constituídas.
No curso das diligências, a PCPR apreendeu mais de 700 quilos de haxixe em 1º de junho de 2025, em uma das principais remessas interceptadas durante a investigação. Este volume representa a maior apreensão da droga na história do Paraná e a segunda maior do país. Os dois investigados presos na ocasião informaram que receberiam R$ 400 mil pelo serviço.
Em ações posteriores, foram apreendidos mais de 900 quilos de maconha em Ponta Porã (MS), em 4 de outubro de 2025, e 350 quilos de maconha em uma oficina mecânica vinculada ao grupo, em 25 de outubro, no bairro Pinheirinho, em Curitiba.
O principal alvo da investigação foi preso anteriormente em Itapema, no litoral de Santa Catarina. Ele residia em um apartamento de luxo e coordenava todo o esquema criminoso, contando com o apoio de co-líderes estabelecidos em Curitiba.
“As investigações revelaram que esse homem era o responsável direto pelo envio de armas de grosso calibre a partir do estado de São Paulo para uma organização criminosa no estado do Rio de Janeiro, além de abastecer estes e outros estados com grandes quantidades de drogas”, afirmou o delegado da PCPR, Victor Loureiro Mattar Assad.
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