
O que provocou o incêndio no Edifício João Batista, em Cascavel?
Delegado Ian Leão relatou que o inquérito foi arquivado, visto que o laudo não concluiu para um incêndio criminoso ...
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Por Fábio Wronski

Na manhã desta terça-feira (24), o delegado Ian Leão, da Polícia Civil, anunciou a conclusão do inquérito policial relacionado ao incêndio ocorrido no Edifício João Batista, situado no cruzamento das ruas Riachuelo e Londrina, no Bairro Country, em Cascavel. A investigação foi encerrada após a entrega do laudo pericial elaborado pela Polícia Científica, que analisou as causas e as circunstâncias do incêndio registrado no dia 14 de outubro de 2025.
De acordo com o delegado, o atendimento inicial foi realizado pela equipe de plantão do Grupo de Dirigências Especiais, que compareceu ao local do incidente, no 13º andar, apartamento 303, do referido edifício. “A partir desse atendimento, nós passamos a atender e trabalhar com algumas hipóteses de investigação. Incêndio é o fato que estava sendo apurado, incêndio doloso, incêndio culposo ou um incêndio acidental”, explicou Ian Leão.
O laudo técnico, entregue à Polícia Civil na última segunda-feira, trouxe informações detalhadas sobre o início e o desenvolvimento do incêndio. Segundo o documento, as análises indicaram que o fogo provavelmente teve início na cozinha, próximo à geladeira e ao armário. Não foram encontrados indícios de curto-circuito ou de elementos elétricos que pudessem ter causado o incêndio. Também não foram identificados focos múltiplos de fogo ou a presença de agentes aceleradores, o que, segundo o delegado, “afastou aquela hipótese de um incêndio doloso, em que, eventualmente, alguém poderia ter entrado no local e atirado fogo de forma dolosa”.
Durante a investigação, foram ouvidas pessoas envolvidas no episódio, cujos depoimentos corroboraram as conclusões do laudo pericial. “Essa ignição não teve causa justificável aparente, não foi possível identificar essa causa. Na conclusão do perito, ele diz, ao final, que não foi possível determinar a fonte de ignição que deu origem às chamas”, afirmou o delegado.
Com base nessas informações, a Polícia Civil opinou pelo arquivamento do inquérito, considerando o fato atípico. O procedimento foi encaminhado ao Ministério Público, que decidirá se promoverá o arquivamento ou se solicitará novas diligências. A decisão final caberá ao Poder Judiciário.
Além do laudo pericial e das oitivas das vítimas, o trabalho das equipes do Corpo de Bombeiros do Paraná (CBMPR) foi fundamental para evitar que as chamas se propagassem para outros apartamentos do edifício. No local, os bombeiros constataram fogo intenso em um dos apartamentos do último pavimento, com grande emissão de fumaça e risco de alastramento para as unidades vizinhas.
No interior do apartamento atingido, havia três vítimas. Entre elas, uma mulher de 51 anos, que sofreu queimaduras na face, vias aéreas, braços e pernas, e uma criança de 4 anos, com queimaduras na pelve, pernas e mãos. Ambas foram retiradas do local por moradores do prédio. Uma terceira vítima foi resgatada em estado grave pela guarnição do Corpo de Bombeiros. Todas as vítimas foram encaminhadas para atendimento em unidades hospitalares.
Durante a operação de combate ao incêndio, dois bombeiros militares, o 1º sargento Edemar de Souza Migliorini e o cabo Leandro Batista, também ficaram feridos e precisaram de atendimento médico.
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