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Com varejo e exterior, juros curtos sobem e longos fecham perto da estabilidade

Como contraponto, as declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Congresso americano foram bem recebidas, respondendo por momentos de alívio nos vencimentos longos à...

Publicado em

Por Agência Estado

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Os juros futuros tiveram uma quarta-feira de volatilidade, especialmente na ponta longa da curva, enquanto os curtos oscilaram em alta durante toda a sessão. As tensões políticas na América do Sul continuaram gerando aversão a risco nos ativos emergentes, sobretudo moedas, assim como o noticiário negativo em torno do acordo comercial entre a China e os Estados Unidos, com relatos de que as negociações estão travadas. No começo da noite, com os mercados já fechados, o presidente Donald Trump, porém, afirmou que a negociação está avançando bem rápido.

Como contraponto, as declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Congresso americano foram bem recebidas, respondendo por momentos de alívio nos vencimentos longos à tarde. Ele afirmou que inflação e juros baixos são ‘novo normal’ em todo o mundo, sugerindo que um aperto monetário por enquanto não está no radar do Fed. Aqui, os dados do varejo no terceiro trimestre foram bastante positivos e, numa leitura conjunta com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada na terça, reforçaram a percepção de que a atividade econômica está se recuperando.

O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou a sessão regular e a estendida em 4,62%, de 4,569% na terça no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 encerrou em 5,73% (regular) e 5,72% (estendida), de 5,701%. A do DI para janeiro de 2025 passou de 6,351% para 6,34% (regular e estendida) e a do DI para janeiro de 2027 encerrou a 6,67% (regular e estendida), de 6,69%.

O volume foi expressivo, com o principal DI da ponta curta, o janeiro de 2021, girando cerca de 760 mil contratos, ante a média de 446 mil nos últimos 30 dias. Os vencimentos deste trecho da curva e também do miolo estão mais pressionados desde a sinalização do Copom de que o ciclo de afrouxamento monetário está perto do fim, endossada pelos recentes indicadores de atividade do terceiro trimestre, que endossam que a economia está em retomada gradual.

Enquanto os vencimentos até o miolo da curva trabalham em dinâmica própria, os longos oscilam ao sabor dos ventos externos e do quadro político. Mesmo com o câmbio novamente perto dos R$ 4,20, a reação dos DIs tem sido vista como moderada. “A realização de lucros neste trecho não prospera porque qualquer aumento de prêmio é visto como oportunidade para alongar duration, aplicando em DI longo”, disse Vitor Carvalho, sócio-gestor da LAIC-HFM. Em boa medida, isso ocorre porque o mercado dá como certo que o BC não vai deixar o dólar subir além dos R$ 4,20. “É essa crença que segura a curva e por isso o juro não estressa tanto”, explicou.

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